Com o objetivo de valorizar e dar visibilidade às sambistas de Cuiabá, o projeto iniciou suas atividades com a divulgação da trajetória dessas mulheres pelas redes sociais
A mulher está onde ela quiser. E elas estão, como nunca, no samba. Produtoras, instrumentistas, cantoras, compositoras, tirando som na palma da mão, sensíveis e fortes, politizadas e empoderadas. Neste cenário é que nasceu o projeto cultural Mulheres na Roda de Samba, selecionado no edital MT Nascentes da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).
Com o objetivo de valorizar e dar visibilidade às sambistas de Cuiabá, o projeto iniciou suas atividades com a divulgação da trajetória dessas mulheres pelas redes sociais. A roda de samba deve ocorrer até abril, conforme possibilidades, de acordo com a pandemia em Mato Grosso, mas enquanto isso, o público vai conhecendo quem são as mulheres que têm o samba correndo na veia pelas páginas do instagram e facebook @mulheresnosambacba.
Cantoras, compositoras e instrumentistas integram o projeto coordenado por Luanda Taiana e Liliane Nascimento. Pelas redes sociais, e em breve no evento, o projeto destaca as artistas Deize Águena, Sandra Regina, Fadia Ravilã, Larissa Paddilha, Josita Priante, Bia Boreo, Rita Cassia, Mariana Borealis, Andréa Rosa Oliveira, Ju Grisólia, Juma Yara, Bia Scaff, Kalinca Nunes, Mônica Campos e Aninha.
A iniciativa foi inspirada no 2º Encontro Nacional de Mulheres na Roda de Samba, realizado em 2019 e que contou com a participação de Cuiabá pela primeira vez. Com realização simultânea em 23 estados brasileiros e quatro países, o encontrou propiciou a integração e visibilidade de sambistas femininas no cenário nacional.
“A partir desse evento nacional, entendemos que deveríamos criar um projeto nosso, um evento para ser símbolo de luta e resistência das mulheres em um mercado que ainda impera o sexo masculino, e do resgate das mulheres no samba”, explica Liliane Nascimento.
Ao justificar a importância do projeto no contexto social, a produtora cultural Luanda Taiana relembra que a segregação de gênero ainda é registrada nas rodas de samba e no universo do gênero musical.
“Este projeto visa valorizar, fortalecer e divulgar para o público a força das mulheres que sempre estiveram presentes nas rodas de samba, porém nunca tiveram visibilidade e reconhecimento como sambistas”.
Além do show musical Mulheres na roda de samba, as coordenadoras do projeto são idealizadoras e realizadoras do tradicional evento ‘Samba das Pretas’ e coordenaram o 2º Encontro Nacional das Mulheres na Roda de Samba na capital mato-grossense.