Primeira Festa Literária de Bragança abre oficialmente com arte e música

A Festa Literária de Bragança iniciou nesta quarta-feira (04), com o peso do novo conceito da 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes que, além de abrir espaço para a literatura, fomenta a oralidade como um importante instrumento de luta e resistência.

“Seguimos a orientação do Governador que diz ‘não é só Belém que tem cultura, tem cultura em todo o Estado’, e levamos ações do livro e leitura para Altamira, Parauapebas, Marabá, Santarém e agora chegamos à Bragança, já planejando espraiar para o Marajó e Sul do Pará, pois entendemos que as pessoas de todo o Estado não precisam se deslocar para Belém para ter acesso”. Foi assim que Júnior Soares, diretor de Cultura da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), justificou o evento que ocorrerá até o dia 08 de dezembro, no Liceu da Música de Bragança.


Foto: Divulgação

De acordo com a secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, além de Belém, Marabá e Santarém, a Festa Literária em 2019 também chegou aos municípios de Parauapebas (no sudeste do Estado) e agora em Bragança (no nordeste paraense). “Queremos fazer um evento à altura da expectativa dos paraenses e, ao mesmo tempo, chegar ao máximo de municípios que pudermos, levando arte e cultura para todo o Pará”, declarou.



Programação

Baseada em recortes curatoriais, a agenda traz, em quatro dias, temáticas abalizadas em questões sobre mulheres, negros, indígenas, entre outros. Na quinta-feira (05), por exemplo, programação estará voltada para o universo LGBTQIA+ e para as vozes urbanas, enquanto que na sexta-feira (06) serão as vozes do imaginário. Cada dia terá um foco diferente.


De acordo com Denis Giroto Brito, professor e escritor, a Festa Literária representa uma conquista. “O sonho do povo bragantino finalmente está sendo realizado. A gente só deseja que todos abracem essa iniciativa e lutem para que ela ganhe a cada vez mais força. Venham e tragam sua família para participar da festa”, afirmou.


A programação acontece em espaços como a “Arena Multivozes” – onde ocorrerão palestras, debates e rodas de conversas com autores locais e nacionais. No prédio do Liceu, estão ocorrendo as oficinas oferecidas pela Fundação Cultural do Pará, além da feira de economia criativa, shows musicais, apresentações culturais, entre outros.


Mudanças

A 23ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes passou por diversas reformulações para torná-la mais inclusiva e uma das principais foi o recorte curatorial específico na programação – proposta que foi replicada para as Festas Literárias – já que o evento se configura como um espaço de luta e construção de identidades para um lugar de fala.


Para garantir que essas vozes sejam compreendidas por todos, haverá intérprete de libras em todas as palestras e rodas de conversas. Técnicos da Universidade Federal do Pará auxiliarão as pessoas com deficiência auditiva durante a programação, para que a inclusão ocorra de fato.

A Festa Literária de Bragança é uma realização do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), em parceria com a Associação Sociocultural e Recreativa de Bragança (Ascubra) e apoio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Fundação Cultural do Pará, UFPA – Campus Bragança e Universidade do Estado do Pará (Uepa), por meio do Liceu de Música de Bragança, integrando as políticas públicas de fomento ao livro, à leitura e à difusão das linguagens e expressões culturais e artísticas.

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