Amazônia Jazz Band homenageia Belém no foyer do Theatro da Paz

Para o maestro, a programação – que já é tradicional no calendário anual de eventos da Amazônia Jazz Band – foi uma forma de retribuir ao público da capital o amor por Belém

Para celebrar os 405 anos de Belém, a Amazônia Jazz Band (AJB) realizou um pocket show na terça-feira (12) com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). O show teve concepção e coordenação do maestro Nelson Neves, com participação especial da cantora Gigi Furtado.

O show ocorreu no foyer do Theatro da Paz, que buscou ser alternativa no momento em que o espaço está fechado. A homenagem à cidade teve músicas que abordam a cultura da capital, a chuva, o açaí e o carimbó. Os músicos Edgar Matos (piano), Augusto Meireles (baixo), Harley Bichara (saxofone) e Mariano Primo (bateria) tocaram “Pauapixuna”, de Paulo André e Ruy Barata; “Belém-Pará-Brasil”, de Edmar Rocha, popularizado pelo grupo Mosaico de Ravena; “Solange”, composição do maestro Nelson Neves, e outros clássicos da música paraense.

Foto: Divulgação

Para o maestro, a programação – que já é tradicional no calendário anual de eventos da Amazônia Jazz Band – foi uma forma de retribuir ao público da capital o amor por Belém. “Nos sentimos honrados em poder tocar essas músicas e mostrar que amamos essa cidade, que é um encanto”, disse Nelson Neves, acrescentando que, “por conta da pandemia, fizemos essa apresentação com apenas a sessão rítmica da AJB, em versão reduzida, mas tenho certeza que foi uma excelente live”.

Vivência – A cantora Gigi Furtado abriu o espetáculo com “Pecados de Adão”, de Eloi Iglesias, e continuou a apresentação com “Bom dia Belém”, de Edyr Proença e Adalcinda Camarão; “Flor do Grão Pará”, de Chico Sena; “A Força que Vem das Ruas”, de Tonny Soares, e “Ao Pôr do Sol”, de Dino Souza e Firmo Cardoso.

Para Gigi, é sempre um prazer cantar a vivência cotidiana. “É muito bonito ver outros cantores cantando essas músicas, mas quando é alguém daqui tem algo a mais, que é ter a vivência de Belém e saber o que está sendo cantado. Quando falamos da chuva das 14 h que não pode faltar, faz sentido, sabemos que sensação é essa. Quando falamos do Ver-O-Peso me arrepio em alguns momentos, posso sentir o cheiro. Fazer parte dessa programação foi um presente”, afirmou a cantora.

O saxofonista Harley Bichara também falou da emoção de voltar a tocar no Theatro. “Foi muito inovador para todos nós o que a pandemia trouxe para a área cultural. É com muito amor que a gente veio para esse espaço homenagear Belém. No contexto que estamos vivendo, é o mais próximo que podemos chegar do nosso público”, disse o músico.

Segundo o diretor do Theatro da Paz, Daniel Araújo, o show marcou também o início dos trabalhos dos corpos artísticos para 2021. “Depois de um ano em que tivemos que reestruturar nossas ações, estamos agora refrescando nossos ares com esse show. O palco do teatro está em obras, mas não poderíamos deixar de celebrar os 405 anos de Belém, já que o próprio teatro é também um símbolo da cidade”, ressaltou. 

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