Websérie retrata projetos que promovem a agroecologia na Amazônia; assista

Chegou o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, e com ele a nova websérie do Instituto Mamirauá. Com o título “Da floresta à mesa”, a série com cinco episódios retrata iniciativas de agricultura familiar desenvolvidas na região do Médio Solimões. As ações têm assessoria técnica do Programa de Manejo de Agroecossistemas do Instituto Mamirauá e financiamento do Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O primeiro episódio retrata as pesquisas desenvolvidas ao longo dos últimos anos para entender a agricultura migratória na região e como os agricultores estão manejando essas áreas. Entre os projetos está o “Monitoramento remoto da conversão de hábitats florestais em agroecossistemas”, que faz parte de um longo programa de monitoramento por imagens de satélite das áreas de conversão florestal (quando uma floresta passa a ser utilizada para a agricultura).

Assista ao primeiro episódio de “Da Floresta à Mesa”:

As últimas análises da pesquisa trouxeram resultados muito positivos em uma avaliação desse processo ao longo de 30 anos, aferindo que 60% dos locais de plantio já são áreas reutilizadas pelos agricultores, tornando-se mais raros os casos de derrubada de floresta primária.

“Utilizamos imagens de alta resolução que permitem que tenhamos um detalhamento maior dessas áreas e mesclamos com outros tipos de imagens que dão uma análise temporal maior”, disse a pesquisadora Jéssica dos Santos.

Entre os usos dessas áreas está o plantio de frutas, o que diversifica a paisagem, como explica o agricultor Edivaldo Ferreira: “Todo o tempo eu fico tirando fruta. Tem açaí, pupunha, cupuaçu, castanheira, abacate. Então, o cara vai variando para ver como é o sabor das frutas”.

Foto: Leonardo Lopes/Instituto Mamirauá

Na próxima semana, o Instituto Mamirauá publica o episódio sobre o uso do método Pastoreio Racional Voisin (PRV), que é a adoção de práticas que conciliam a conservação ambiental e eficiência produtiva, a exemplo da divisão da área de pastagem em porções menores (as parcelas), a rotatividade do gado no terreno e uma estrutura de fornecimento de sal mineral e água de qualidade para os animais.

O terceiro episódio é sobre a assessoria técnica ao manejo de abelhas sem-ferrão. A criação de abelhas nativas sem ferrão oferece uma série de benefícios ao produtor, que pode utilizar de seus produtos (mel, pólen e própolis) e simultaneamente trabalhar em prol da biodiversidade do planeta, são de fácil manuseio e as abelhas realizam serviço essencial para o desenvolvimento das culturas agrícolas: a polinização.

O quarto e quinto episódio serão sobre a experiência com a Casa de Polpas, instalada na Reserva Amanã, e as Casas de Farinha, na Floresta Nacional de Tefé, em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável, Associação de Produtores Agroextrativistas da Flona de Tefé e Entorno (APAF) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A websérie tem direção de fotografia de Marcello Nicolato e Leonardo Lopes, produção de Eunice Venturi e João Cunha e edição de Bernardo Oliveira.

Foto: Leonardo Lopes/Instituto Mamirauá

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