Pesquisadores da UFMA coordenam primeiro Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Maranhão

Pesquisadores irão monitorar a fauna e flora da Amazônia Oriental, mais especificamente na área do “arco do desmatamento”.

Com o objetivo de contribuir para o fornecimento de informação sobre a biodiversidade, para facilitar a gestão do patrimônio natural, e fortalecer ações e pesquisas sobre desenvolvimento sustentável acerca da Amazônia Oriental, a Universidade Federal do Maranhão assumiu o compromisso de coordenar o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) – Amazônia Oriental, um programa em rede com a participação de pesquisadores de diferentes instituições. O PPBio Amazônia Oriental é o primeiro no Estado do Maranhão.

Sob a coordenação da pesquisadora e docente da UFMA Cláudia Rocha, 45 pesquisadores do Maranhão estão envolvidos no PPBio Amazônia Oriental, que, por meio de módulos de monitoramento, mais especificamente na porção oeste do Maranhão, área inserida dentro do “arco do desmatamento”, vai inventariar e monitorar a fauna e flora da Amazônia Oriental, especialmente presentes nesses módulos a serem implementados, por meio de metodologia padronizada do PPBio: RAPELD, visando ao monitoramento contínuo dessa região.

Saiba mais: Portal Amazônia responde: qual a nova fronteira do desmatamento

Palestras e ações de educação ambiental e saúde em escolas e comunidades locais, assim como em projetos de extensão universitária também estão previstos no PPBio Amazônia Oriental, que tem objetivos e metas diretamente relacionados com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) n°15 “Vida Terrestre”: “proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade”. 

Segundo Cláudia Rocha, o PPBio Amazônia Oriental é de grande importância para o Maranhão:

Cabe ressaltar que os dados obtidos serão amplamente difundidos para a comunidade, por meio de publicações científicas, assim como pelo depósito dos dados obtidos em plataformas e repositórios on-line de livre acesso”, explica Cláudia.

No âmbito do PPBio Amazônia Oriental, serão abordados temas como “Inventários Biológicos”; “Estado e Cenários da Biodiversidade”; “Comunicação Pública da Ciência sobre a Biodiversidade Brasileira” e “Valoração e Modelagem de Serviços”. Com base nas pesquisas, serão obtidos e monitorados dados ecológicos e ambientais, assim como serão fornecidos dados das espécies coletadas, gerando um robusto banco de dados relacionado à região estudada.

Saiba mais: Portal Amazônia responde: quais Estados fazem parte da Amazônia Oriental e Ocidental

A coordenadora geral do PPBio Amazônia Oriental, Cláudia Rocha, avalia como as pesquisas podem impactar a Amazônia Maranhense e as pessoas que vivem na região. “São vários os impactos esperados, um deles é fornecer dados da biodiversidade, potencialidades e saúde ambiental da Amazônia Maranhense, obtidos de forma padronizada, de forma que esses dados gerados possam ser interligados entre os subprojetos da rede, assim como serem comparados com dados de outras áreas monitoradas pela Rede PPBio. Desenvolver reflexões críticas sobre o impacto do uso sustentável dos recursos naturais sobre a saúde ambiental, animal e humana na Amazônia”, enumera a pesquisadora.

Primeiras ações

Iniciando as atividade do PPBio Amazônia Oriental, pesquisadores do programa realizaram uma expedição até a Reserva Biológica do Gurupi para um treinamento em técnicas de instalação de módulos RAPELD.  O treinamento foi ministrado pelo pesquisador e coordenador do INCT-CENBAM/INPA, William Ernest Magnusson. O objetivo foi capacitar os pesquisadores em técnicas para a implementação de um Módulo de Monitoramento.

O Programa de Pesquisa em Biodiversidade – PPBio

O Programa de Pesquisa em Biodiversidade – PPBio é uma estratégia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, que integra instituições envolvidas em redes nos biomas brasileiros para gerar e disseminar informações sobre a biodiversidade nacional.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Primeira borracha feita com látex 100% da Amazônia é lançada no Brasil

De acordo com a Mercur, a iniciativa busca valorizar o trabalho de comunidades extrativistas e ampliar o portfólio de produtos com matérias-primas renováveis no setor educacional.

Leia também

Publicidade