Saiba curiosidades sobre a água, o líquido que move o mundo

Você já tentou ficar sem beber água por determinado tempo? E quanto tempo aguentou? Pesquisas mostram que um ser humano normal pode aguentar até 40 dias sem comer, mas dificilmente vai sobreviver mais do que 72 horas sem beber água. Sem o precioso líquido, a pessoa sofre aumento da temperatura corporal e redução no batimento cardíaco, além de ficar fraca, ter náuseas e vomitar. Apesar de tão importante para a sobrevivência humana, não são poucos os descasos com ela vistos no dia a dia, seja na casa do vizinho, na rua onde moramos, na cidade, no país e no mundo. Aonde vamos parar (pra não dizer terminar)?

Você passaria quanto tempo sem tomar água? Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

A seguir listamos algumas informações curiosas sobre a água, o líquido que move o mundo.

Os igarapés

Quem ainda consegue lembrar das águas negras e limpas dos igarapés correndo sob as pontes romanas, na avenida Sete de Setembro? E do igarapé da Cachoeirinha sob a ponte Benjamin Constant (de Ferro)? Ou do igarapé dos Bilhares, sob a ponte do mesmo nome, na Constantino Nery? Pois é, o primeiro foi aterrado e virou um esgoto; o segundo foi totalmente aterrado e o terceiro, assoreado, também se tornou um esgoto. “Quando se aterra um igarapé, a água da chuva não tem para onde escoar, pois não há terra para absorvê-la nem canal para jogá-la nos rios e ela acaba acumulando na superfície”, revelou o pesquisador do Inpa, Jansen Zuanon. Zuanon concorda com a importância de projetos como o Prosamim, mas para ele, o correto seria a implantação de estações para tratar a água e a desobstrução dos córregos, que se tornam alternativas mais caras e sem atenção de governos.

Igarapés e rios são perfeitos para aqueles dias de calor. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

O maior rio do mundo

Passando dos igarapés para o mais caudaloso rio do planeta, o Amazonas, que perigos correria o mais extenso dos rios com tantas cidades às suas margens e milhares de embarcações diariamente navegando sobre ele e, de uma forma ou de outra, o poluindo. “Apesar das oscilações, de seca e cheia, que sempre existirão, o Amazonas, pelo menos nos próximos mil anos, poderá ser usado como via de transporte de pessoas e cargas”, garantiu o geólogo Marco Antônio de Oliveira, superintendente do  Serviço Geológico do Brasil (CPRM), diferente dos Estados do Nordeste, “que poderão ter problemas nos próximos anos, porque a previsão é de que o clima por lá seja cada vez mais seco”, disse.

E os oceanos

E no mundo? Como está a situação das águas não só as doces, mas as salgadas também? Segundo a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, o planeta Terra deveria ser chamado de planeta Água, pois é formado em sua maior parte por água sendo que a maior parte (97,5%) está nos oceanos: algo em torno de 1,3 bilhão de quilômetros cúbicos de água.

O que resta está congelado nas calotas polares, dissolvido na atmosfera como vapor, escondido debaixo da terra ou passeando entre rios e lagos na superfície.
Terra deveria ser chamado de planeta Água. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia
Mas uma coisa que as pessoas não sabem é que apenas 1% do total está disponível para o consumo humano, e dentro desse 1% uma boa parte está poluída.

“Em Manaus, quando essas águas afloram nas nascentes, a temperatura é de 22°C. Com a falta da mata para proteger do sol e com a fermentação da decomposição da matéria orgânica, a temperatura pode atingir 29°C. 

Estamos trocando a função de ar-condicionado e qualidade de vida dessas águas por um esgoto cheio de doenças”, afirmou Zuanon. Saindo dos oceanos para as distantes calotas polares. Não adiantou essa distância. As atividades destruidoras dos humanos chegaram por lá, mas a resposta da natureza está sendo muito perigosa e devastadora. 

Com o fenômeno do aquecimento global (causado pela emissão de gases poluentes na atmosfera) as calotas polares estão começando a derreter em níveis alarmantes e cada vez mais acelerados. Em um levantamento realizado através da observação de satélites por aproximadamente 20 anos e divulgado pela revista científica Science, pesquisadores observaram o derretimento anual de 4.260 bilhões de toneladas de gelo na Antártida e na Groenlândia.

Em Manaus, quando essas águas afloram nas nascentes, a temperatura é de 22°C. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia
Segundo os cientistas, o derretimento maciço foi responsável pelo aumento de 11 milímetros no nível dos oceanos.
A pesquisa demonstrou ainda que esta influência é crescente: nos anos 1990, ela significou 0,27 milímetros a mais no nível dos oceanos por ano. Atualmente, esse aumento anual é de 0,95 milímetros. Só a Groenlândia perde hoje cinco vezes mais massa de gelo do que nos anos 1990. O aumento do nível dos oceanos oferece consequências drásticas. Apenas no século 20, eles já subiram 25 centímetros, e é quase certo que, até 2100, devem se elevar mais 80 centímetros. Parece pouco, mas é o suficiente para inundar áreas atualmente habitadas por cerca de 118 milhões de pessoas.

Manaus está longe do Atlântico, é certo, mas o rio Amazonas passa aqui na nossa frente, e ele nos liga diretamente ao Atlântico, então…

Água vs Saúde

O ideal seria que todos pudessem beber água mineral. Mas o que vem a ser esse tipo de água? De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais, a água mineral é obtida diretamente de fontes naturais sem alteração de sua qualidade, características naturais e de pureza. Nenhum elemento é adicionado ou retirado.

Todas as etapas de produção, que vão desde a captação até chegar ao consumidor final, obedecem a rigorosos padrões nacionais e internacionais de higiene.

Brincar nos rios é o passatempo favorito das crianças da Amazônia. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia
Os sais minerais presentes nas águas minerais podem oferecer efetiva contribuição à nutrição e à saúde do organismo. Flúor (prevenção de cáries), Sódio (músculos e nervos), Magnésio (previne hipertensão), Cromo (regula taxas de açúcar no sangue), Cobre (absorve ferro na forma de hemoglobina), Manganês (sistema reprodutivo), Zinco (sistema imunológico), Cálcio (osteoporose), Bicarbonatos (nível de acidez no estômago) e Sulfato (digestão).

Disponível ao consumidor em diversos tipos de embalagens, são as versões de 10 e 20 litros que mais estão presentes nos lares brasileiros, o equivalente a 65% da produção de água mineral no país.

A água mineral, uma vez que possa ser mais acessível à população brasileira, é a única alternativa no curto e médio prazos para diminuir as doenças causadas pela falta de saneamento básico no Brasil e, consequentemente, os custos gastos com a saúde no atendimento e tratamento dos brasileiros.
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