A designação possibilita apoio ao desenvolvimento de pesquisas e o acesso a fontes internacionais de financiamento e a criação de um cenário mais amplo para a cooperação. “Espera-se que o título de sítio Ramsar traga benefícios e oportunidades à toda região. O selo “Sítio Ramsar” pode dar maior visibilidade e valor para atividades como o turismo sustentável e desenvolvimento do artesanato local”, afirma o secretário de Biodiversidade do ministério, José Pedro de Oliveira Costa.
De acordo com o secretário, o estabelecimento dos Sítios Ramsar em arranjos territoriais em escala regional é mais adequado à gestão das áreas úmidas, dependentes dos fluxos hídricos e seus processos ecossistêmicos. “Daí surge a necessidade de uma visão integrada do território, pela coordenação de ações entre as áreas protegidas, sob o pano de fundo “Sítio Ramsar”, para a efetiva implementação de Ramsar”, explica José Pedro. Atualmente, o Brasil tem 25 áreas úmidas reconhecidas como sítio Ramsar.
Ramsar
A Convenção sobre Áreas Úmidas de Importância Internacional, mais conhecida como Convenção de Ramsar, é um tratado multilateral que estabelece marcos para ações nacionais e para a cooperação entre países com o objetivo de promover a conservação e o uso racional das áreas úmidas. Essas ações estão fundamentadas no reconhecimento, pelos países signatários da Convenção, da importância ecológica e do valor social, econômico, cultural, científico e recreativo de tais áreas.
A Lista de Ramsar é o principal instrumento adotado pela Convenção para implementar seus objetivos. É composta por áreas caracterizadas como ecossistemas úmidos importantes. No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente é a Autoridade Administrativa da Convenção de Ramsar e presidente do Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU).