Segundo o órgão, a operação que iniciou no dia 11 de fevereiro e terminou nesta quarta-feira (20) tinha como foco a pesca na região do Alto Solimões, e passou pelo municípios de Atalaia do Norte, Tabatinga, Benjamin Constant, São Pelo de Olivença, Amaturá e Santo Antônio do Içá.
A pesca da piracatinga está em moratória devido o uso de carne de botos para captura do peixe, onde os pescadores caçam os botos, que já estão na lista de animais ameaçados de extinção, e com a carne podre, usam como iscas na pesca da piracatinga.
Entre as constatações do Ibama estavam a de armazenamento ilegal do pescado, pesca do pirarucu, que é proibido o ano todo, além de outros peixes em período de defeso, como o tambaqui, o surubim, caparari, aruanã, matrinxã e outros.
Ainda segundo o Ibama, os destinos do pescado apreendido seriam o Peru e a Colômbia. Os fiscais do órgão ainda apontam fraude na exportação do peixe, e encaminharam para a Receita Federal as constatações.
Além do pescado, carne de caça também foi apreendida nas feiras de Tabatinga, e a prefeitura da cidade, notificada. E mais de 56 mil m³ de madeira foram apreendidas e 3 serrarias embargadas, e mais de 5 mil litros de combustível foi apreendida por estar sendo vendido de forma inadequada e ilegal.
No total, foram apreendidas:
10 toneladas da piracatinga;
4 toneladas pirarucu;
4,6 tonelada de peixes em defeso;
100 quilos de carne de caça;
56,846 m³ de madeira, tendo três serrarias embargadas;
5.450 litros de gasolina.
Todo o pescado apreendido foi doado para instituições de caridade e a madeira repassada para Defesa Civil. A operação teve o apoio da Polícia Federal.
A equipe de reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Tabatinga, que informou ter sido notificada na última segunda-feira (18), e que realizará uma reunião nesta sexta-feira (22) com os permissionários das feiras para tratar da questão.