“Temos instrumentos para atuar nessa vertente. Mas ela não pode ser a única. Quando falha, o desmatamento dispara, como aconteceu nos últimos dois anos”, alertou.
Sarney Filho entregou o prêmio ao vencedor da categoria Profissional, José Antônio Sena do Nascimento, com o trabalho Contas Econômicas Ambientais de Florestas-Ceaf: Uma proposta de trajetória metodológica e institucional para aplicação no Brasil.
A diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, disse que a indústria tem interesse no desenvolvimento do setor florestal brasileiro baseado nos parâmetros da sustentabilidade. “A parceria com o Ministério do Meio Ambiente é estratégica para isso. Precisamos ter um diferencial competitivo e instrumentos como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Sistema Nacional de Controle da Origem e dos Produtos Florestais (Sinaflor) são esforços fundamentais do governo nessa direção”, disse.
Concessões
De acordo com o ministro, o Brasil tem a necessidade de uma nova visão sobre a biodiversidade, baseada na preservação dos serviços ecossistêmicos dos biomas, e o ministério está reforçando sua atuação nesse sentido.
Sarney Filho afirmou que a pasta aumentou o número de concessões florestais desde o início de sua gestão e defendeu ainda as iniciativas de manejo como forma de dar sentido econômico às florestas. “Quando se fala em atividade florestal, se fala naquilo que nós desejamos, acrescido à inclusão social e ao combate à pobreza ao mesmo tempo em que os serviços ambientais são mantidos”, disse.
De acordo com ele, a participação da sociedade civil, produtores, órgãos institucionais e federados, estados e municípios é fundamental para que a estratégia mude a relação do Brasil com suas florestas. “Essa luta é para defender os direitos difusos da sociedade e das pessoas que ainda nem nasceram”, afirmou.
Prêmio
A IV edição do Prêmio teve 50 inscritos. Realizado pelo Serviço Florestal Brasileiro em parceria com a Escola de Administração Fazendária (ESAF) e Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o objetivo é estimular a produção de estudos de economia e mercado florestal.
Para discutir a temática da produção florestal sustentável na academia e nos setores produtivos o concurso tem como tema a Economia e os Mercados Florestais – e subtemas variados.Além de promover o debate econômico sobre o uso produtivo e sustentável das florestas brasileiras, o SFB pretende criar um portfólio de estudos para ser utilizado pelo órgão para o aprimoramento de políticas públicas.
Foram distribuídos R$ 53 mil entre os ganhadores. Na categoria Profissional, R$20 mil, R$10 mil e R$8 mil ao primeiro, segundo e terceiro lugares respectivamente. Os ganhadores da categoria Graduando recebem R$ 7 mil, R$ 5 mil e R$ 3 mil.