Essa instituição representa os interesses da etnia que, segundo o MPF, foi vítima de genocídio. Segundo o procurador da República Júlio Araújo, durante cinco anos o órgão reuniu informações e ouviu indígenas antes de entrar com a ação em agosto.
Ele afirma que o ingresso da entidade no processo só ajuda a reforçar os problemas constatados.
De acordo com o procurador, ataques com bombas às aldeias para abertura de estradas estão entre os mecanismos de extermínio apurados pela Comissão da Verdade, que investigou as violações de direitos humanos ocorridas na época da ditadura militar.
Cerca de 2.600 indígenas waimiri atroari teriam sido mortos. Por essas razões, o MPF pede uma série de reparações a esses povos.
Além disso, o Ministério Público Federal no Amazonas quer que os espaços sagrados desses indígenas sejam protegidos e que o governo brasileiro retifique o processo de demarcação da área, para que parte da BR-174 seja reconhecida como terra indígena.
A reportagem não conseguiu contato com representantes da Associação Comunidade Waimiri Atroari.