Intervenção parlamentar suspende decisão que afeta 25 mil pessoas no Acre

Reserva Extrativista do Acre. Foto: Divulgação/Agência Acre

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que revisará o acórdão que suspendia benefícios da reforma agrária em todo o país para pessoas atendidas pelo Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Só no Acre essa decisão prejudicaria quase 25 mil pessoas.

O acórdão nº. 775/2016, publicado em abril deste ano pelo Tribunal de Contas da União (TCU), sob a relatoria do ministro Augusto Sherman, determinou por medida cautelar a suspensão da concessão de benefícios do PNRA. O TCU alega que há indícios de irregularidades ocorridas no Incra relacionadas à concessão de lotes do PNRA aos assentados.

Agora, o O TCU reviu os efeitos da decisão que suspendeu o benefício de mais de 570 mil famílias atendidas pelo Incra.

Com a revisão do acórdão, os beneficiários terão de 120 a 180 dias para acessar crédito rural e demais políticas públicas de atendimento, bem como a renegociação de dívidas.

Em parceria com os deputados estaduais Leila Galvão e Lourival Marques (atual secretário de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar), o deputado federal Leo de Brito realizou audiência pública com lideranças comunitárias e representantes do governo e de ONGs para tentar resolver a situação. Em Brasília, o parlamentar buscou junto ao TCU uma forma de solucionar o problema.

“Essa decisão representa uma vitória muito importante tanto dos assentados dos Incra quanto dos moradores das reservas extrativistas, pois garante os benefícios e acesso aos programas da reforma agrária. Esse desbloqueio por 120 dias abre margem para uma regularização definitiva, para que essas pessoas tenham a segurança de produzir e construir seus projetos de vida no local ondem vivem”, frisou Leo de Brito.

Quando o acórdão foi divulgado, representantes extrativistas da Resex Chico Mendes, de Xapuri, juntamente com representantes da ONG Pesacre, procuraram o governo do Acre e pediram ajuda para solucionar o caso, que, segundo eles, não trata, em geral, de irregularidades, mas de questões relacionadas à atualização cadastral dos assentados. Junto o procuradora-geral do Estado, Maria Lídia Soares, e o secretário de Estado de Meio Ambiente, Edegard de Deus, trabalham junto aos órgãos federais e ao grupo de extrativistas, para tentar articular soluções para o caso.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Florada Premiada: Rondônia conquista pódio completo em concurso nacional de cafés canéforas

Todos os locais de produção vencedores fazem parte da área classificada como "Matas de Rondônia". Grande vencedora da noite, Sueli Berdes participou da competição pela primeira vez.

Leia também

Publicidade