O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio) trabalha no resgate dos últimos filhotes de tartarugas da Amazônia localizados no Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Tabuleiro do Embaubal. As escavações na praia do Piteroçu, situada no município de Senador José Porfírio, vem sendo feitas com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo (Semat) do município e da Leme Engenharia.
O trabalho da Gerência da Região Administrativa do Xingu (GRX/Ideflor-bio) iniciou nesta quinta-feira (26), e se estenderá até o domingo (29). A mesma ação foi realizada na semana passada, na praia do Juncal, também no município de Senador José Porfírio, e durou cinco dias. No período foram resgatados cerca de 30 mil filhotes. A expectativa é que o número de exemplares resgatados e soltos na praia do Piteroçu seja ainda maior.
Ainda na tarde de hoje, a equipe de campo da Semat, que atua diretamente no Tabuleiro do Embaubal, fará seu primeiro treinamento. Na oportunidade, eles serão orientados sobre o trabalho realizado pelo Ideflor-bio, para entender o que são e como funcionam as Unidades de Conservação, quais as regras e a legislação ambiental estabelecidas para essas áreas, além de definirem uma metodologia participativa que leve em conta as expectativas e problemas já enfrentados desde o inicio dos trabalhos. A intenção é avaliar periodicamente a equipe e capacitá-la de forma contínua, garantindo a qualidade do trabalho na UC.
Reuniões
Além do manejo das tartarugas, a equipe do Ideflor-bio vem realizando várias reuniões interinstitucionais para definir o cronograma de ações para este ano. Uma delas foi realizada na sede da Semat, onde foram apresentadas as ações desenvolvidas em 2016 e o planejamento para 2017. Muitas delas serão em parceria com a Semat.
Em paralelo, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) segue seu patrulhamento na área, impedindo a caça ilegal de tartarugas adultas que ainda não conseguiram sair da Unidade de Conservação (UC), provavelmente devido aos níveis baixos das águas do Rio Xingu. Com as chuvas na região, as tartarugas tendem a seguir pra suas áreas de origem. A ação do Batalhão também resultou na apreensão de redes de pesca irregulares e mapuá (apetrecho utilizado para a pesca da tartaruga).