FAS recebe Prêmio Unesco durante cerimônia no Teatro Amazonas

 
Foi um momento histórico! O Prêmio Unesco-Japão de Educação para o Desenvolvimento Sustentável, o ESD Prize, foi entregue na manhã desta quinta-feira (21) à Fundação Amazonas Sustentável (FAS) durante cerimônia no Teatro Amazonas, em Manaus, com a presença de parceiros, colaboradores e 60 ribeirinhos e indígenas que participam do XXIII Encontro de Lideranças. A FAS é a primeira organização brasileira e sul-americana da história a receber a premiação.

O prêmio foi entregue pelo cônsul do Japão em exercício, Iwato Takahiro, ao superintendente-geral da FAS, Virgílio Viana, na presença do secretário de Estado de Educação do Amazonas (Seduc), Vicente Nogueira, representante do Governo do Amazonas, além de Tuntiak Katan, presidente da Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA) e de Emerson Moreira, da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Canumã, representando as populações ribeirinhas.

Foto:Michael Dantas/FAS

O ESD Prize, concedido à FAS pelas ações de educação promovidas em comunidades tradicionais da Amazônia, já havia sido entregue no último dia 15 de novembro na sede da Unesco, em Paris. O prêmio é dado pela Unesco e bancado pelo governo do Japão para soluções inovadoras de todo o mundo capazes de transformar a realidade do meio ambiente, da economia e da sociedade pelo desenvolvimento sustentável.

A premiação da Unesco só foi possível por iniciativas que vêm sendo desenvolvidas há 11 anos pela FAS e parceiros em 581 comunidades tradicionais do Amazonas, situadas em 16 Unidades de Conservação, uma área equivalente a 10,9 milhões de hectares de terra. São iniciativas de educação ambiental, educação para gestão de recursos naturais, geração de renda, empoderamento comunitário, educação financeira, gestão de água e lixo, incentivo à leitura e à escrita, iniciação científica, esporte, música, teatro, dança, empreendedorismo, educomunicação e formação de professores.

Essas ações, que beneficiam 39 mil pessoas em todo o Estado, foram promovidas com apoio do Bradesco, Samsung, Fundo Amazônia/BNDES, Coca-Cola, Lojas Americanas, Petrobras, o Governo do Estado, pelas secretarias de Meio Ambiente (Sema), Educação (Seduc), Cultura (SEC), Produção Rural (Sepror), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o Centro de Educação Tecnológica (Cetam) e prefeituras municipais. De 2016 a 2019, mais 340 cursos e formações foram desenvolvidas e só neste ano, de janeiro a setembro, mais de 750 alunos estavam matriculados participando de atividades de educação.

Foto:Michael Dantas/FAS

Resultados

Nos últimos 11 anos de atuação, os investimentos em educação oriundos da cooperação internacional e financiamento de empresas parceiras fizeram a FAS alcançar resultados extremamente positivos, como redução do desmatamento e da pobreza, reforçando a tendência de que a conservação ambiental está proporcionalmente ligada à melhoria da qualidade de vida dos povos da floresta.

Em dez anos, entre 2008 e 2018, as taxas de desmatamento diminuíram 76% nas áreas onde a FAS levava os projetos de educação, conforme dados do Inpe/Prodes, e o número de focos de calor nessas Unidades de Conservação (UC), entre janeiro e agosto deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado, também caiu 33%, também conforme o Prodes. A renda média mensal per capita nas UCs aumentou 202%.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Xote, carimbó e lundu: ritmos regionais mantém força por meio de instituto no Pará

Iniciativa começou a partir da necessidade de trabalhar com os ritmos populares regionais, como o xote bragantino, retumbão, lundu e outros.

Leia também

Publicidade