Especialistas criticam ‘gueto verde’

Como sair da crise econômica olhando para o século 21 – e não mais para o século 20? Para um grupo de ambientalistas, empresários e líderes do setor financeiro em São Paulo, a única maneira é voltar a crescer dentro dos princípios da sustentabilidade, rumo a uma economia de baixo carbono. Mas, para isso acontecer, é preciso antes que esses princípios se espalhem pela sociedade para muito além do “gueto ambientalista”.

Esse é o tema de um debate promovido em São Paulo nesta terça-feira (4) pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo. Especialistas em comunicação para massas discutem como levar essa mensagem para o maior número possível de pessoas, a fim de promover uma mudança.

Entre os convidados, o destaque é o cineasta Fernando Meirelles, que falará sobre como levou para a abertura da Olimpíada no Rio o tema das mudanças climáticas para 3,5 bilhões de pessoas. Depois haverá a mesa-redonda “Desafios e tendências da comunicação para a sustentabilidade”.

Dela participam, além de Meirelles, Mônica Gregori, sócia da Agência Cause, que fez o estudo “O Fluxo das Causas”, sobre desafios e oportunidades de comunicar grandes causas como cidades sustentáveis e mudanças climáticas; Ricardo Guimarães, especialista em comunicação e identidade de marca; e Tom Moore, um dos responsáveis pela articulação da campanha global de comunicação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil.

João Paulo Capobianco, presidente do Conselho Diretor do IDS, explica que o desafio é conseguir mobilizar as pessoas. “É uma questão central para a qualidade de vida de todos. Precisamos criar espaço para levar informações para as pessoas e mobilizá-las para atuar nesse campo”, diz.

Questionado sobre quais tipos de pessoas deveriam incorporar esse conceito para que de fato ele possa sair do tal “gueto ambientalista”, afirmou: “É importante conquistar lideranças do setor empresarial, governamental, as pessoas que pensam a economia, para que elas incorporem a questão da sustentabilidade de forma estrutural e passem a discutir e pensar soluções para o país incorporando essa questão”.

Ele citou a crise. “Todo mundo quer sair da crise, mas como vamos fazer isso? Com o pré-sal ou com energias renováveis? Ainda dando subsídios para o transporte individual e a gasolina ou investindo em transporte coletivo? É essa discussão que queremos levar adiante.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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