Durante a conferência, 200 países deverão apresentar planos de corte de emissões até 2030
A COP é a abreviatura de Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). O evento ocorre anualmente, tendo que ser adiado em 2020 por conta da pandemia de COVID-19.
O 26º Encontro da COP26 acontecerá entre os dias 31 de outubro a 12 de novembro, na cidade de Glasgow, na Escócia. A conferência reúne 197 países para debater assuntos sobre as mudanças climáticas e como serão solucionados os efeitos que elas causam.
Os líderes mundiais comparecem, mas muitas das discussões acontecem entre ministros e outras autoridades de alto nível que trabalham com questões climáticas. A chamada Pré-COP 26 já iniciou os debates na quinta-feira (7). Entre os assuntos discutidos, está o fim do uso de carvão, fornecimento de US$ 100 bilhões de financiamento climático por ano e fazer com que todas as vendas de carros novos sejam de zero emissões em 14 a 19 anos.
Outros assuntos a serem discutidos são a redução das emissões de metano, um gás 80 vezes mais potente de aquecimento de dióxido de carbono e por fim ao desmatamento até o final da década.
A pauta mais importante será o aquecimento da Terra, por causa da emissão de combustíveis fósseis pela ação humana, ocasionando eventos climáticos extremos ligados às mudanças climáticas, como ondas de calor, alagamentos e incêndios florestais, que estão se intensificando. A década passada foi a mais quente já registrada, e governos concordam que uma ação coletiva urgente é necessária.
As conferências são eventos massivos com muitas reuniões paralelas que atraem pessoas do setor empresarial, empresas de combustíveis fósseis, ativistas do clima e outros grupos com interesse na crise climática.
Alguns dos acordos são bem-sucedidos, como o caso do Acordo de Paris, firmado durante a COP21. Mais de 190 países assinaram o Acordo de Paris, em 2015, para limitar o aumento das temperaturas globais abaixo de 2 graus Celsius dos níveis pré-industriais, mas de preferência para 1,5 graus.
De acordo com a ONU, limitar o aquecimento a 1,5 graus em vez de 2 graus, pode resultar na redução de 420 milhões de pessoas sendo expostas a ondas de calor extremas. Os cientistas vêem 2 graus como um limite crítico onde o clima extremo transformaria algumas das áreas mais densamente povoadas do mundo em desertos inabitáveis ou as inundaria com água do mar.
A Reunião Parlamentar conta com a presença de presidentes dos legislativos do G20, o grupo com as maiores economias mundiais e acontece em Roma, na Itália.
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), é o representante brasileiro no evento chamado “Parlamento para as Pessoas, o Planeta e a Prosperidade”. Está em pauta como a ação parlamentar pode contribuir para frear as mudanças climáticas em níveis nacional, regional e internacional.
Em seu discurso, Pacheco afirmou que os parlamentares precisam manter o foco no enfrentamento da pandemia da Covid-19, mas não podem esquecer de temas como o combate à intolerância entre as nações e às desigualdades sociais e econômicas.
“Enquanto houver fome e miséria em qualquer parte do mundo, teremos um problema grave e comum a todos os países”, disse o senador.
Como a COP26 vai me afetar?
Alguns compromissos firmados em Glasgow poderão afetar diretamente o nosso dia a dia. Por exemplo, podem determinar se você vai dirigir um carro a gasolina, aquecer sua casa com aquecedor a gás ou viajar menos de avião.
Como a COP26 poderá ser considerada um sucesso?
O Reino Unido sendo o país-sede, possivelmente pode querer que todos os países apoiem um acordo ousado, garantindo a neutralidade da meta de carbono até 2050, assim com uma redução significativa até 2030.
O governo britânico também vai pressionar por compromissos específicos pelo fim da indústria de carvão, dos carros movidos a gasolina e diesel e pela proteção da natureza.
Países em desenvolvimento vão pressionar por um grande pacote de financiamento para os próximos 5 anos, para ajudá-los a se adaptar ao aumento das temperaturas.
Qualquer resultado que não contemple todos esses elementos será considerado insuficiente, pois não existe mais tempo a perder para manter a meta de 1,5°C.
No entanto, alguns cientistas acreditam que os líderes mundiais demoraram demais para tomar providências e que, independentemente do que seja acordado, a meta de 1,5°C não será atingida.