O pesquisador associado do Imazon, Carlos Souza atribui a redução a questão climática. Segundo ele, as fortes chuvas podem ter contribuído para a queda no desmatamento.
Mas os dados do Instituto de Pesquisas Imazon, que monitora a Amazônia, também apontam aumento de 24% do desmatamento nos oito primeiros meses do atual calendário do desmatamento, no período que compreende agosto do ano anterior até março deste ano.
Carlos Souza coordena e monitora a Amazônia, e afirma que a redução do desmatamento em março é uma boa notícia. Porém, alerta que é importante observar a série histórica – que há sete anos vem apresentando piora nos índices de preservação da floresta.
Para o pesquisador do Imazon, é preciso intensificar a fiscalização e as operações de combate a esse tipo de crime ambiental, para frear o desmatamento.
Proporcionalmente, Mato Grosso é que mais desmata, mas o estado seguiu a tendência de março e reduziu em 78% o desmatamento.
A Secretaria de Meio Ambiente do Estado afirma que utiliza a tecnologia para monitoramento em tempo real e autuação remota, o que possibilitou, nos quatro primeiros meses deste ano, a aplicação de cerca de R$ 110 milhões em multas e 32 mil hectares embargados por desmatamento ilegal.
O Sistema de Alerta do Desmatamento da organização revela ainda que a maioria, cerca de 58% do desmatamento ocorreu em áreas privadas. Terras Indígenas ainda são as que mais protegem e registaram o menor desmatamento, cerca de 2%.
No ranking das dez Unidades de Conservação que mais sofreram com a perda de suas florestas, seis estão localizadas em Rondônia.
O ministério do Meio Ambiente não se pronunciou sobre os dados até o fechamento desta reportagem.