De acordo com a coordenadora de Extensão do Inpa, a pesquisadora Rita Mesquita, o motivo é a necessidade de reformulação do funcionamento do Bosque da Ciência em função do reduzido quadro de servidores para fazer atendimento no espaço. Dedicado à educação, divulgação científica e ao lazer, o bosque recebeu no ano passado cerca de 100 mil visitantes, cerca de 70% de forma gratuita.
A entrada custa R$ 5, mas crianças, idosos e grupos escolares e sociais agendados não pagam. O valor arrecadado é depositado numa conta do governo Federal e não tem retornado para o bosque, que funciona de terça a domingo e às segundas-feiras é fechado para manutenção.
“Lamentamos muito ter que informar que o bosque vai fechar para visitação e funcionar de forma parcial, apesar de todos os esforços e busca de parcerias”, explicou Mesquita.
Ainda segundo a coordenadora, pequenos atos de vandalismo têm acontecido no espaço, e a medida vem ainda para tentar resguardar a integridade do bosque até se tenha condições de funcionar com regularidade. Hoje os 13 hectares do bosque, um fragmento florestal em plena área verde de Manaus, conta com apenas quatro servidores, mais os terceirizados da vigilância e da manutenção (limpeza).
Para manutenção das atividades e cobertura dos mais de 20 atrativos, o bosque conta com o auxílio de estagiários curriculares (estágio obrigatório da Instituição de Ensino) de cursos técnicos e de graduação das áreas ambiental e de turismo, que variam conforme o período.
Dos 23 estagiários curriculares que iniciaram no semestre passado, divididos durante a semana e o fim de semana, apenas 13 estão concluindo as atividades. Mais de 40% desistem durante o percurso, por encontrar estágio remunerado ou falta de recursos financeiros para arcar com deslocamentos ao estágio curricular.
Para se ter ideia, somente na Casa da Ciência, que foi reinaugurada há um mês e veio com uma exposição inovadora e interativa, a Tramas da Ciência, são necessárias pelo menos dez pessoas para dar suporte aos visitantes.
A Instituição está buscando parcerias com outras organizações, mas as tratativas não se concretizaram. A terceirização do bosque está na pauta, antes algumas ações são necessárias e requerem a aplicação de recursos financeiros, como estudo de viabilidade técnica e econômica.