Live reúne secretários de meio ambiente para discutir ações no combate à incêndios florestais

A Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force) é uma colaboração subnacional de 38 estados e províncias que trabalham para proteger as florestas tropicais

Com a proximidade do Dia da Amazônia, dia 3 de setembro ocorre o primeiro encontro virtual Diálogos pela Amazônia. Cientes da importância de que o debate sobre a preservação da floresta seja público, secretários de meio ambiente dos estados da Amazônia Legal discutem as “lições e ações no combate aos incêndios florestais”, debate mediado pela jornalista Paulina Chamorro, contribuindo para as reflexões que a data merece.

O diálogo inicia as 18h de Brasília e será transmitido pelo canal da Sema Mato Grosso no Youtube.

Os nove estados da Amazônia Legal, que integram a Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force – em inglês), vêm trabalhando intensamente em políticas de prevenção e no combate aos incêndios que assolam a floresta, aumentam o desmatamento e ameaçam a biodiversidade.

As políticas implementadas pelos estados têm realizado trabalhos que vão desde a educação ambiental sobre a importância de evitar queimadas, atendimento de animais silvestres afetados, incentivo às denúncias, até grandes operações de fiscalização que resultam na apreensão de equipamentos e na identificação de criminosos.

Para o secretário de meio ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, o diálogo é uma oportunidade de reforçar o interesse de todos os estados de que a floresta permaneça em pé, e que todos estão trabalhando de forma comprometida para que isso aconteça.

“No momento em que a gente nota, ao longo dos anos, o aumento do desmatamento e queimadas na Amazônia é mais do que importante, é urgente o diálogo entre os Estados para acharmos soluções definitivas, para que a gente possa estabilizar esse crescimento e reduzir a ilegalidade. Essa integração é uma maneira de encontrarmos juntos novos caminhos de atuação não só de forma imediata, mas também a médio e longo prazo, discutindo modelos de geração de renda e políticas públicas mais compatíveis com a realidade do nosso bioma”, ressaltou Taveira.

No trabalho de proteção à maior floresta tropical do mundo, a atuação coletiva se mostra cada vez mais necessária. Para a secretária de meio ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, o trabalho conjunto entre os governos estaduais, o setor produtivo e o governo federal tornam-se decisivos para uma resposta rápida no combate às queimadas.

“A integração das forças dos entes federais e estaduais, em um momento em que as estruturas são precárias e os Estados têm a mesma demanda, é essencial para obtermos resultados positivos e eficientes. Quando compartilhamos os recursos e as informações, nós entregamos melhores serviços à sociedade e com menor custo aos cofres públicos”, destaca a gestora que também preside o Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal.

Desenvolvimento sustentável e combate aos incêndios florestais

A integração entre desenvolvimento e preservação da floresta é possível, e é nesse sentido que o Pará vem trabalhando, como destaca o secretário de meio ambiente Mauro Ó de Almeida.

“O Plano Estadual Amazônia Agora, instituído pelo Governo do Pará, promove o desenvolvimento sustentável no campo por meio de regularização fundiária e ambiental, apoio técnico e acesso a linhas de crédito para produtores rurais”, explica. Para o secretário é importante “virar a chave dessa cultura de desmatamento, fazer os produtores rurais entenderem que eles podem lucrar e produzir mais de maneira sustentável, sem degradar novas áreas”.

Neste mesmo sentido, Rondônia tem atuado intensivamente no combate ao desmatamento ilegal e às queimadas, em parceria com o Batalhão da Polícia Ambiental, Batalhão de Choque, Exército Brasileiro, IBAMA e ICMBio. De acordo com Secretário de Estado do Desenvolvimento Ambiental, Marcílio Leite Lopes, as políticas ambientais estão pautadas na conservação e no desenvolvimento.

“Estamos na linha de frente das ações de combate ao desmatamento e queimadas, indo além das ações de monitoramento, buscamos através da educação ambiental orientar as pessoas sobre o que é permitido ou não”, explicou Lopes. O secretário destaca ainda foram reforçadas as “ações de fomento à transição para um modelo econômico de baixas emissões, incentivando e fortalecendo os produtores em pequena, média e grande escala, a buscarem nas suas cadeias produtivas, alternativas, práticas sustentáveis de baixas emissões de carbono ou mecanismos de compensação, incluindo também os povos indígenas e as comunidades tradicionais.

Os estados Acre, Maranhão, Roraima e Tocantins vão apresentar suas ações por meio de mensagem em vídeo que será divulgada durante a abertura do diálogo.

Sobre a GCF Task Force

A Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force) é uma colaboração subnacional de 38 estados e províncias que trabalham para proteger as florestas tropicais, reduzir as emissões do desmatamento e da degradação florestal, e para promover caminhos realistas de desenvolvimento rural e preservação das florestas. No Brasil, os nove estados membros da Amazônia Legal integram a Força Tarefa.

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