Como os negócios digitais estão transformando a Amazônia em uma potência econômica

É inegável que o mundo está cada vês mais VUCA, ou seja, com Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade. E este cenário tem trazido muitas reflexões aos especialistas de economia.

Se por um lado os avanços tecnológicos têm enfrentado fortes críticas por acelerar o desemprego e o fechamento de empresas tradicionais, por outro tem trazido grandes oportunidades para quem vive na Amazônia.

É sabido que alguns dos maiores problemas enfrentados por empreendedores na Amazônia são os problemas logísticos, a evasão de bons profissionais e especialistas para grandes centros comerciais, a impossibilidade de desenvolver certos modelos de negócios por limitações ambientais e a baixa demanda por Estado para alguns tipos de produtos e serviços.

Flávio Montenegro Filho. Foto: Reprodução/Internet

E se pudéssemos criar um mercado que pudesse resolver todos, ou a maioria, desses problemas?

É com esse pensamento, sustentado pela tecnologia, o espírito inovador, a sustentabilidade e o empreendedorismo, que tem inspirado o surgimento de um Mercado Digital cada vês mais forte e com negócios internacionais faturando acima de 5 milhões ano.

Neste mercado nascem novos modelos de negócios e surgem profissões cada vez mais especializadas para atender necessidades impostas pelos ambientes digitais.

Já contamos com centenas de empresas na Amazônia nas áreas de E-commerce, Marketplace, Social Influencer, Marketing Digital, Educação online, Info Produtos, Consultoria Digital, Afiliados e SAAS. São negócios que usam a internet como seu principal meio logístico. Não tem fronteiras para vender, atender e entregar produtos e serviços. Não precisam de grandes instalações ou porções de terra para operação. Suas operações são enxutas contando com poucos funcionários, mas com grande escala de atendimento.  

Recentemente a Associação Brasileira de Startups – ABS Startup realizou um mapeamento na Amazônia em 2019, para revelar como estão organizadas as empresas em comunidade que hoje fazem negócios internacionais mantendo talentos em seus estados e atraindo recursos e investimentos para a Amazônia.

Fundadores da Proesc.com. Foto: Reprodução/Internet

Você já deve ter ouvido falar dessas empresas, são negócios em sua maioria digitais chamados de Startups.

A Startup é um tipo de empresa emergente que tem como objetivo desenvolver ou aprimorar um modelo de negócio, preferencialmente escalável e repetível.

Atualmente, a região norte conta com 332 startups ativas mapeadas, 47% delas concentradas em Manaus e Belém, que são os ecossistemas mais desenvolvidos da região.

No total são 11 comunidades que forma a Amazônia Valley, entre elas estão:

AC / Rio Branco – Aquiri Valley
AP / Macapá –  Tucuju Valley
AM / Manaus – Jaraqui Valley
PA / Belém – Açai Valley
RO / Porto Velho – Tambaqui Valley
RO / Ji-paraná – Comunidade Ji-paraná
RR / Boa Vista – Buruti Valley
TO / Palmas – Jalapão Valley
TO /Araguaína e Norte do Estado – Chambari Valley 

Arte: Divulgação/Maicon Richardson

Todas as 11 comunidades identificadas na região norte se encontram em estágio muito inicial ou emergente, começando ou já promovendo integração entre todos os stakeholders do ecossistema.

A organização das comunidades e a forte presença do Sistema S com as universidades da região tem permitido o desenvolvimento de ambientes de inovação favoráveis ao o surgimento de modelos de negócios concentrados em:

26% de Marketplace
25% SAAS
9% Consumer
6% E-commerce
3% Licenciamento
3% Vendas de Dados
3% Hardware
3% API

Mesmo em estágio inicial de desenvolvimento, o mercado digital na Amazônia tem, demonstrado grande potencial com empresas referencias no Brasil e Exterior nas diversas áreas.

Ilustração:Divulgação/Maicon Richardson

Muitas dessas empresas, já são a inspiração de centenas de novos empreendedores em várias partes da Amazônia, como:

Belém – PA

A Inteceleri, edtech paraense, que já impactou 300 mil alunos no Brasil, criou o Miriti Board VR construído a partir da fibra de uma palmeira nativa da Amazônia, o Miriti, também conhecido como Buriti.

Fácil de construir, simples e barato o MiritiBoard VR vem pouco a pouco fazendo parte da realidade de alunos em centenas de cidades no Brasil e aliado ao app Geometricando proporciona uma imersão em diferentes ambientes virtuais facilitando o aprendizado da geometria básica.

As duas grandes scale-ups da região são a Moobi e a Yet Go que depois de explorarem o mercado paraense já alçaram voos para outras cidades.
Líder no Pará e com presença muito forte na região Norte a YetGo já iniciou operação no sul e mira em outros países.

Conheça a lista das startups paraenses com maior desempenho:

4Advisory
Hyppe
Inteceleri
Live DTG
MedBolso
Moobi
Ocalev
Payticket
Rota Urbana
Saldo Coletivo e UserAsk
Sicombus
Yet Go

Macapá – AP

A Proesc é uma startup que atualmente fornece tecnologia de gestão escolar online para redes de educação no Brasil inteiro por meio do seu carro-chefe, a plataforma Proesc.com.

O sistema permite dinamizar as atividades cotidianas de professores, gestores e coordenadores, além de gerenciar a parte financeira das escolas e a comunicação com pais e alunos.
Hoje, são mais de 2,4 mil instituições de ensino públicas e privadas que adotaram as soluções tecnológicas da empresa — num total de 38 mil professores e 252 mil estudantes.

Em 2018, o faturamento da InovaDados chegou a R$ 4 milhões.

A OrçaFascio é uma startup que cria softwares para obras, sejam elas construções civis ou de infraestrutura, com foco em atender construtoras, órgãos públicos e engenheiros.
A empresa possui, atualmente, três tipos de programas: uma plataforma para se planejar o orçamento da obra, outra para fazer o controle dos materiais no canteiro de obras e uma terceira que funciona para analisar o andamento da construção.

Conheça a lista das startups amapaenses com maior desempenho:

Arte Amazon
Orça Fascio
Proesc
UniVoto

Rio Branco – AC

O Busca Peça foi criado com o objetivo de vender informações alavancando o comércio e garantindo oportunidade de negócio em peças para veículo, a ferramenta “Busca Peça” esteve entre as 15 maiores startups durante a competição Like a Boss 1 UP realizada no maior evento de tecnologia e internet do país, a Campus Party, em São Paulo.

Busca Peças
Lance Play
Nativus Live
Royal Advice

Palmas – TO

A Startup Urbano Norte é um aplicativo desenvolvido em Porto Velho, um serviço de transporte similar ao Uber.

Conheça a lista das startups Palmenses com maior desempenho:

City Car
Cleimes Soluções
HoraMed
InvestFranquias
Job Hunter
Minery
ToNoLucro
Urbano Norte
Urpay

Porto Velho – RO

O Terapia de Bolso é uma plataforma web que conecta pessoas e psicólogo através de um sistema de videoterapia simples, prático, completo e sigiloso.

O agendamento é realizado por meio de videoatendimento em um tablet ou smartphone, com garantia de sigilo, há o compartilhamento da situação do cliente com o profissional de saúde.

Conheça a lista das startups Porto-Velhense com maior desempenho:

Casa Pê
Eficiência Fiscal
Manda comigo
Pranzo
Terapia de Bolso

Manaus – AM

A eMercado é uma empresa (startup) amazonense que possui uma plataforma de comparação de preço de produtos de supermercado.

Os preços são atualizados por supermercados parceiros, por uma equipe do eMercado que visita os estabelecimentos ou pelo próprio consumidor que pode ler o código de barras dos produtos ou o QR Code da nota fiscal.

Conheça a lista das startups Amazonense com maior desempenho:

Another you app
Biozer da Amazônia
Buritech
Communy
DreamKid Studio
DriveOn
eMercado
Eudireto
Flying Saci
Ganhe na Tela
Ipok
Ludic Studios
Mapsta
MobiBuzz
Navegam
Neemu
Oi Peixe
Onisafra
Residuum
Só Arquivos
Teewa
Trocados
Unity1

O Mercado Digital na Amazônia, mesmos em estágio inicial, já demonstra indícios que será uma grande potência, com empresas verdes e lucrativas.

Você conhece alguma empresa do mercado digital que não está aqui? Coloque nos comentários!

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