Barbara Muller é o nome que está atrás da marca que une a natureza exuberante da Amazônia com a arte singular de criar adornos finamente trabalhados com toda a força e delicadeza das mãos. Na primeira edição do São Paulo Fashion Week deste ano, a jovem figurou com destaque entre as novas apostas do Cartel 011, o marketplace incentivado pelo Sebrae.
O SPFW-41 recebeu peças únicas do acervo de Bárbara – sendo a maioria da última coleção, inspirada nos peixes da Amazônia. A clutch de tucunaré esculpida à mão, com aplicação de prata e courinho é um exemplo. O coração de pirarucu, inspirado pela lenda do índio guerreiro, foi outra joia da sua curadoria para o evento. Ambas já vendidas.
“Grande parte da pesquisa para criação dessa coleção foi concretizada graças ao edital do Seiva”, explica Muller, “que contou com o apoio de Tiago Begout e a ajuda de um biólogo especialista em peixes”. “O resultado foi muito bonito porque as peças acabam levando toda essa carga cultural e forte da Amazônia, especialmente dos peixes, que são elementos que eu acho super mágicos e de muita representatividade”, completou.
O convite para Muller participar do evento se deu graças à visibilidade que a designer ganhou após a visita de uma equipe técnica do SPFW a Belém (PA), no ano passado.
SPFW Ama!
Uma curadoria formada por técnicos do São Paulo Fashion Week foi feita para conhecer estilistas paraenses – dentre estes, Barbara Muller. Autêntica, a marca de joias recebeu o selo ‘SPFW Ama’, que valoriza criações de micro e pequenas marcas de moda e design brasileiras, que se destacam pela identidade, originalidade, qualidade e inovação.
“Isso é como se fosse uma chancela do evento. É como se a marca tivesse recebendo um tipo de ‘selo de aprovação’. O melhor é que este selo é super reconhecido no ramo da moda, e isso agregou muito à marca”, disse Barbara.
A primeira vez da designer de joias no SPFW foi em 2016, como visitante. A segunda foi só no ano passado, a convite do Sebrae, para falar com empresários da comissão técnica sobre a trajetória e o conceito da marca que tem como filosofia basicamente misturar matéria prima natural – ou que tenha algum valor cultural – com metais nobres, como prata e ouro, ou gemas preciosas.
Troncos da ilha de Marajó, cascas de frutas e madeira são algumas das matérias primas usadas pela marca. Para Barbara, transformar um tronco que está no chão em uma joia a faz sentir-se poderosa.
Resultado imediato
Contabilizando números positivos, Barbara Muller explica que o primeiro resultado é o networking, pois é lá onde ela sempre acaba conhecendo “pessoas legais e importantes, além de fazer clientes novos”, explica a designer. “O evento dá uma visibilidade bacana pra gente, apresenta a marca para pessoas que não conheciam, e isso acaba impactando nas vendas também! Apesar da marca já estar circulando, esse movimento descentraliza a gente de Belém, ao mesmo tempo que cresce o público de São Paulo”.
Ao Fila A, Barbara conta com exclusividade que pode assinar uma parceria para uma “grande empresa”, mas que só pode dar mais detalhes “quando estiver tudo confirmado”. “Isso foi outro fruto conquistado por estar entrando e participando do mercado de São Paulo, que acaba te dando uma visibilidade nacional”, finaliza. Boa sorte, Barbara!
*Foto de capa: Daniela Toviansky/Divulgação