Pianista Linda Bustani recebe título de Doutora Honoris Causa pela UNIR

Solista, recitalista e pedagoga, a pianista Linda Bustani eleva o nome de Rondônia no cenário da alta performance artística — e também no universo acadêmico.

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Por Júlio Olivar – julioolivar@hotmail.com

A Universidade Federal de Rondônia homenageia a pianista Linda Bustani com o título de Doutora Honoris Causa, reconhecendo sua trajetória brilhante e influência na formação de gerações de músicos brasileiros. Nascida em Porto Velho, em 1951, Linda iniciou sua carreira aos cinco anos e, em 2026, completa sete décadas dedicadas à música.

Referência internacional na escola pianística russa, seu repertório inclui mais de 40 concertos para piano e orquestra. Solista, recitalista e pedagoga, Linda eleva o nome de Rondônia no cenário da alta performance artística — e também no universo acadêmico.

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O que pensa a Geração Z: entre diversidade e conservadorismo

Pesquisa inédita revela os valores e hábitos dos jovens que vão dominar o mundo até 2030. Uma pesquisa da MindMiners encomendada pela revista VEJA traça o perfil da Geração Z — jovens nascidos entre 1997 e 2012 — que já estão moldando o futuro. Em 2030, eles representarão 25% da população mundial. O estudo ouviu mil brasileiros entre 18 e 28 anos e revelou um grupo conectado, consciente e paradoxal.

Principais dados da pesquisa: Conectividade: 66% acessam a internet todos os dias; 59% ficam entre 1 e 4 horas online; Relacionamentos: 61% buscam vínculos duradouros; 48% não priorizam o sexo; 67% apoiam a diversidade sexual; Consumo de substâncias: 55% não bebem álcool; 61% nunca usaram drogas; 48% são contra a legalização; Trabalho: 48% valorizam a segurança financeira; 35% abandonariam empregos tóxicos; Religião: 56% não seguem nenhuma; 25% acreditam em algo espiritual; Futuro: 44% enxergam o amanhã com pessimismo.

O paradoxo Z – Apesar de serem inclusivos e abertos à diversidade, muitos jovens da Geração Z demonstram traços conservadores em suas escolhas pessoais. Valorizam saúde, estabilidade e relações profundas — e desafiam os estereótipos de alienação digital. Eles estão prontos para transformar o mundo.

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100 anos de Dió: o comunista que plantou utopias em Rondônia

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Nascido em 7 de outubro de 1925, em Rio Branco (AC), Dionízio Xavier da Silveira — o lendário “Dió” — completaria um século em 2025. Cabo da Guarda Territorial durante a Segunda Guerra, entrou para o Partido Comunista e foi perseguido após a cassação do PCB em 1947. Um pouso forçado em Porto Velho mudou seu destino: ali fincou raízes e se tornou figura central da militância política e cultural da região.

Mascate, guarda-livros, jornalista e vereador na capital rondoniense, Dió foi pioneiro na luta contra os grileiros e fundador do jornal “A Palavra”, em Ji-Paraná. Atuou na clandestinidade durante a ditadura, enfrentou agressões e perseguições, mas nunca abriu mão de seus ideais.

Faleceu em 2001, aos 75 anos, deixando um legado de idealismo e amor profundo por Rondônia. Ele continua a inspirar gerações. Seu filho, o jornalista Zola Xavier, mantém viva essa memória: em 2019, lançou o documentário Caçambada Cutuba, e em 2023 publicou o livro Uma Frente Popular no Oeste do Brasil, onde Dió também figura como personagem central.

A mulher que batizou o Rio de “Cidade Maravilhosa”

Jane Catulle Mendès e o epíteto que virou identidade. Em setembro de 1911, a atriz e poeta francesa Jane Catulle Mendès desembarcou no Rio de Janeiro e, sem saber, eternizou a cidade com um nome que atravessaria gerações: “Cidade Maravilhosa”.

A expressão nasceu de um deslumbre — um pôr do sol na Baía de Guanabara — e foi registrada por Jane em uma dedicatória à equipe do jornal “A Imprensa”: “Rio de Janeiro est une ville merveilleuse dont je suis éblouie” (“O Rio de Janeiro é uma cidade maravilhosa que me deslumbra”).

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Viúva do escritor Abraham Catulle Mendès, Jane buscava autonomia intelectual e encantou a elite carioca com sua beleza, erudição e ousadia: viajava apenas com uma jovem assistente, algo incomum para a época. Em 1913, lançou “La Ville Merveilleuse”, livro de poemas inspirado no Brasil, selando sua paixão pela cidade.

O jornalista Rafael Sento Sé resgata essa história no livro “A Poeta da Cidade Maravilhosa” (Autêntica), recém-publicado, revelando como uma musa da Belle Époque francesa ajudou a moldar a alma do Rio com um simples gesto — e uma frase que virou símbolo.

Sobre o autor

Júlio Olivar é jornalista e escritor, mora em Rondônia, tem livros publicados nos campos da biografia, história e poesia. É membro da Academia Rondoniense de Letras. Apaixonado pela Amazônia e pela memória nacional.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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