Na volta às aulas, língua não binária será permitida em Rondônia

Governo do Estado chegou a sancionar lei proibindo a linguagem neutra defendida pela comunidade LGBTQIA+.

Língua não binária será permitido em Rondônia. Foto: Divulgação

Houve uma tentativa institucional de que ensino ou menção à linguagem neutra — também conhecida como não binária — fosse rechaçada nas escolas e em concursos públicos de Rondônia.

O governo do Estado sancionou uma lei específica, em outubro do ano passado, ordenando que apenas a língua portuguesa, de acordo com a norma culta vigente, fosse considerada válida.

Mas a questão foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro Edson Fachin suspendeu, por liminar, a lei estadual 5.123/2021. O mérito da questão ainda aguarda julgamento na corte.

Em sua decisão provisória, Fachin alegou que “há grandes vícios” na norma estabelecida pelo governo de Rondônia. Segundo ele, “o risco de sua imediata aplicação, calando professores, professoras, alunos e alunas, é imenso e, como tal, justifica a atuação excepcional deste Tribunal”.

A decisão monocrática de Édson Fachin ainda não tem data para ser julgada pelo plenário do Supremo. Por ora, fica valendo a ordem do magistrado de invalidar a legislação estadual.

O que é? 

A linguagem neutra é defendida pelos ativistas LGBTQIA+, com objetivo de eliminar os elementos masculino e feminino das palavras. A questão divide opinião, inclusive dos especialistas em língua portuguesa. 


Morre primeiro prefeito eleito de Pimenta Bueno

Primeiro prefeito eleito de Pimenta Bueno. Foto: Divulgação

Morreu aos 65 anos em Porto Velho, nesta quinta (27/1), o político e servidor público federal Reginaldo Monteiro. Baiano de nascimento, foi o primeiro prefeito eleito de Pimenta Bueno (522 km da capital) quando tinha apenas 25 anos de idade, em 1982. Em 1990 ele foi eleito deputado estadual, mas se afastou das funções legislativas para ser secretário de Estado da agricultura entre 1991 e 1994. Depois, saiu da cena política. 


Filme sobe índios URU-EU-WAU-WAU, de Rondônia, recebe duas premiações em festival nos EUA

Filme sobe índios URU-EU-WAU-WAU. Foto: Divulgação

O documentário The Territory faturou duas estatuetas no Sundence Film Festival 2022: prêmios do Público e Especial do Júri para Arte Documental. O anúncio ocorreu nesta sexta-feira (28), no Twitter do evento — que foi em formato on-line por conta da Covid-19.

O Sundence dura oito dias e recebe inscrições de várias partes do mundo; é o principal festival de cinema independente dos Estados Unidos.

Dirigido pelo cineasta norte-americano Alex Pritz, The Territory tem 89 minutos e documenta a luta dos indígenas contra os invasores de suas terras. A produção contou com o apoio da ONG Kanindé, estabelecida em Rondônia, e a participação dos próprios indígenas. 


Anos 80 nos telões 

Foto: Reprodução/MSP

Já caiu no lugar-comum, mas é verdade: os anos 80 foram dos mais interessantes na cena cultural — no Brasil e no mundo. Aliás, semana passada chegou aos cinemas o filme “Eduardo e Mônica”, uma leitura da música homônima da Legião Urbana. Os papéis principais são vividos por Gabriel Leone e Alice Braga. A direção é de René Sampaio, o mesmo de Faroeste Caboclo, de 2013. 


Os meios de comunicação impressos estão em declínio, com a extinção de muitos jornais Brasil afora, por conta da internet. Com isso, cai também o prestígios dos gibis. Quem diria que as revistas em quadrinhos da Walt Disney sairiam de circulação? E mais: a Disney se prepara para ser uma das produtoras do filme biográfico de Maurício de Sousa — que foi o principal concorrente do mundo Disney nos anos 80 e o superou no Brasil. A película “Maurício de Sousa — realizador de sonhos” estará nos cinemas em 2023. No mesmo ano, também estreará o primeiro filme de Chico Bento, o caipirinha mais amado das HQ, que faz parte da Turma da Mônica, criação de Maurício que resiste aos tempos modernos. 

Sobre o autor

Às ordens em minhas redes sociais e no e-mail: julioolivar@hotmail.com . Todas às segundas-feiras no ar na Rádio CBN Amazônia, às 13h20.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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