Faleceu na madrugada de sábado (30), aos 75 anos, o folclorista Zé Catraca, nome artístico de Silvio de Macedo dos Santos.
Ele foi o quarto membro da Academia Rondoniense de Letras (ARL) a morrer vítima do novo coronavírus. Os demais foram o poeta João Correia, o historiador Francisco Matias e a memorialista Anísio Gorayeb.
Zé Catraca foi um dos fundadores do bloco carnavalesco Banda do Vai Quem Quer que arrasta mais de cem mil brincantes; também colaborou durante décadas com o arraial Flor do Maracujá. Foi cantor, compositor e homenageado como enredo de escola de samba.
Jornalista durante décadas, escrevia a coluna Lenha na Fogueira no Diário da Amazônia, retratando sempre os artistas e a cultura rondonienses. Ultimamente era colunista na Rádio CBN. Também tem um livro publicado.
Autêntico ”beiradeiro”
Ativista, muitas vezes reuniu a categoria para lutar por políticas públicas para o setor. Como por exemplo, sua permanente defesa por mais recursos e estrutura para a realização do Flor do Maracujá, evento que reúne milhares de pessoas e tem importância social na periferia de Porto Velho. “Os jovens com acesso à arte e à cultura não têm tempo para o mal”, dizia.
Memorialista
O folclorista tinha na ponta da língua muitas informações sobre a formação do Estado. Foi, sobretudo, um colecionar de histórias pitorescas.
Zé Catraca fará muita falta a Rondônia e, por ora, não tem substituto à altura. Ele foi único no seu jeito de ser e de fazer jornalismo, com engajamento e paixão.
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