Segundo ele, as duas partes assinaram um acordo para iniciar reuniões de diálogo a partir de 30 de outubro, na ilha venezuelana de Margarita (a nordeste de Caracas), “sendo importante que todos respeitem os acordos delas decorrentes”.
Em declarações à imprensa, Tscherrig, que também é núncio apostólico na Argentina, acrescentou que, “para facilitar o trabalho entre o governo e a oposição, foi apresentada proposta dos mediadores, com os locais, temas, metodologia e o calendário de diálogo, baseado em reuniões exploratórias.
“De igual forma, acordaram (governo e oposição) trabalhar em conjunto, as condições para garantir a segurança e o desenvolvimento pacífico e democrático das manifestações públicas, previstas para os próximos dias”, afirmou.
Por outro lado, o núncio apostólico insistiu na importância “de um clima de respeito, cordialidade e vontade política para fazer avançar o processo que tem os venezuelanos como objetivo essencial, o seu futuro, a melhoria das conjunturas econômicas, sociais, políticas e institucionais, fundamentais para a necessária convivência democrática que requer a sociedade”.
“O objetivo do diálogo é a busca de acordos, a criação de um clima de confiança, a superação da discórdia e um mecanismo que garanta a convivência pacífica”, destacou.
Emil Paul Tscherrig fez “um enfático apelo ao governo e à oposição para que cumpram todos os acordos alcançados” e convidou “todos os atores que participaram da fase exploratória e que reiteraram a vontade de dialogar, para que continuem a participar com igual compromisso”.
O enviado do Vaticano, que desde sábado (22) está em Caracas, teve um encontro, no Hotel Grand Meliá, em que participou o deputado Elías Jaua, o presidente do Município Libertador, Jorge Rodríguez, e o ex-embaixador da Venezuela na Organização dos Estados Americanos, Roy Charderton, representando o governo do presidente Nicolás Maduro.
A oposição esteve representada pelo secretário-geral da Mesa de Unidade Democrática, Jesus Torrealba.