“A posse da Assembleia Constituinte e suas primeiras ações, incluindo a remoção de Luisa Ortega de seu posto no Ministério Público, debilitaram ainda mais as perspectivas de uma volta pacífica à ordem democrática na Venezuela”, destacou uma porta-voz de Mogherini em um comunicado.
Além disso, “aumentou a polarização de uma sociedade já dividida”, lamentou.
A porta-voz insistiu que “não há alternativa relacionada às instituições legítimas, à separação de poderes e ao direito dos cidadãos a expressarem livremente sua opinião política”.
“O Governo da Venezuela tem a responsabilidade de garantir o respeito à Constituição venezuelana”, disse, reiterando que a UE “chama todos os atores na Venezuela a trabalharem para instalar a confiança necessária para uma solução negociada da crise institucional”.
A UE pediu ao presidente Nicolás Maduro que “libere urgentemente todos os prisioneiros políticos e garanta o respeito ao Estado de Direito e aos direitos humanos”.
A União Europeia, destacou o comunicado, “seguirá trabalhando com todos os parceiros, nacionais e internacionais, para garantir um apoio adequado a um retorno não violento à ordem democrática e uma solução aos apuros econômicos e sociais” nos quais se encontra o povo venezuelano.
No domingo (6), Maduro defendeu que a decisão da Assembleia Constituinte de remover a procuradora-geral era “necessária”. Ele também defendeu a legalidade do órgão que reescreverá a Carta Magna venezuelana.
Os protestos da oposição a Maduro que começaram em abril causaram a morte de pelo menos 120 pessoas.