Caso recolham as assinaturas em outubro, no entanto, os opositores de Maduro correm o risco de não atingir seu objetivo de afastar todo o governo atual. Isso porque, seguindo os trâmites legais, o CNE deve validar as firmas no fim de novembro ou início de dezembro. A partir daí, são contados 90 dias para a efetivação do voto.
Porém, caso o processo termine depois do dia 10 de janeiro e com o afastamento do atual mandatário, será seu vice quem assumirá o poder até 2019 e não serão convocadas novas eleições. A ideia da oposição, representada pela Mesa da União Democrática (MUD) era derrubar todo o governo ainda em 2016.
Para um dos líderes do comitê que busca o referendo, Luis Emilio Rondon, a quantidade de máquinas disponibilizadas é “insuficiente” e que “não entende” as condições impostas pelo CNE.
“Não entendo as considerações jurídicas que foram desenvolvidas pelo diretório e pelas entidades em uma decisão que não concordo. Mas, vamos lhes dar uma lição”, disse Rondon referindo-se ao governo de Maduro.
Na primeira etapa do referendo, os opositores recolheram cerca de 1,8 milhão de assinaturas de venezuelanos para abrir o processo – número muito superior aos 195.721 firmas exigidas por lei. Mesmo tendo recolhido o suficiente antes do prazo final estipulado, o CNE só deu o aval em prol da MUD no prazo estabelecido – sem antecipar processos.