Além disso, em seu depoimento feito em São Paulo, Barata confirmou diante dos promotores peruanos, que a construtora contribuiu financeiramente para as campanhas eleitorais de Keiko Fujimori, Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala.
Segundo Barata, Kuczynski recebeu US$ 300 mil da empreiteira em 2011, quando ele ficou em terceiro no pleito para à presidência do Peru. Ainda em 2011, a Odebrecht teria repassado US$ 3 milhões para Humala, vencedor das eleições daquele ano, pagado US$ 1,2 milhões para a campanha de Keiko Fujimori e mais US$ 700 mil para Toledo.
Já o repasse ilegal para García foi em 2006, quando a Odebrecht repassou US$ 200 mil para o ex-presidente peruano, que venceu as eleições na ocasião. No entanto, todos os cinco envolvidos negam ter recebido alguma quantia da Odebrecht, que em 2016, revelou ter pago cerca de US$ 29 milhões em propinas no Peru durante vários governos.
“Quero ratificar o que disse muitas vezes: não recebi dinheiro de Marcelo Odebrecht, nem de sua empresa, e que fique bem claro que tampouco do senhor Jorge Barata”, afirmou Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990 -2000).
No fim do ano passado, devido ao escândalo de corrupção envolvendo o governo peruano, Kuczynski escapou de sofrer um processo de impeachment, após denúncias apontarem que ele recebeu milhões de dólares em propina enquanto era empresário no ramo de construção.