Os representantes ainda destacaram os “esforços dos ex-presidentes e a contribuição prudente do Vaticano, que deve ser altamente apreciada por todas as partes”, já que essa é uma “ajuda desinteressada” que favorece a busca pelo diálogo. No entanto, apesar de contar com o apoio dos países latinos, a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) anunciou que vai reativar “imediatamente” os protestos nas ruas de Caracas e que não aceita a retomada das conversas no dia 13 de janeiro.
Os opositores acusam o governo de Nicolás Maduro de não cumprir com parte dos acordos acertados em 12 de novembro que, entre outras coisas, pedem a libertação dos chamados presos políticos e a definição de uma data para eleições presidenciais.
“Não voltaremos a nos reunir com os representantes do Executivo até que não se cumpram os acordos. Queremos garantir o respeito que a Constituição outorga à Assembleia Nacional. Assim, imediatamente sentaremos para negociar se os acordos foram cumpridos”, disse Jesús Torrealba, secretário da MUD.
Novas notas
Além da crise política, a Venezuela enfrenta uma grave crise econômica. Por isso, o governo de Caracas determinou que, a partir do dia 15 de novembro, comecem a circular seis novas notas de dinheiro no país.
Nos valores de 500, 1.000, 2.000, 5.000, 10.000 e 20.000 bolívares, a medida tenta conter a enorme desvalorização da moeda no país. Atualmente, a nota mais alta equivale a 100 bolívares.
O presidente do Banco Central Venezuelano, Nelson Merentes, afirmou que a medida é que “isso acelera as transações comerciais onde será necessários, já que a nota de 500 substitui, por exemplo, cinco notas de 100”.