Com isso, a entidade aceitou nesta quinta-feira (7) o decreto emitido pela Assembleia Nacional Constituinte, que adiantou em quase oito meses a realização do pleito para a Presidência do país. “As diferenças democráticas são diluídas através do voto, de maneira eficiente, transparente equilibrada, em que se expressa a voz absoluta e soberana do povo, que será quem definirá nossos futuros”, disse a presidente da entidade, Tibisay Lucena.
A líder do CNE também divulgou as datas “mais importantes” do processo eleitoral venezuelano. Quem quiser postular a um cargo pode fazer a inscrição pela internet (entre 24 e 26 de fevereiro) ou perante à junta nacional (26 e 27 de fevereiro).
A admissão e a resolução de impugnações de registro serão feitas entre 25 e 27 de fevereiro; a auditoria do registro no dia 26 de fevereiro, e a divulgação definitiva das candidaturas será publicada no dia 5 de março. A campanha eleitoral será realizada entre os dias 2 e 19 de abril. “Teremos 15 auditorias e, como sempre, todas as garantias para uma eleição transparente e confiável para que os venezuelanos exerçam sua soberania e expressem sua vontade”, acrescentou Lucena. O anúncio ocorreu após cerca de dois meses de negociações entre representantes do governo de Nicolás Maduro, que tentará a reeleição, e a Mesa de Unidade Democrática (MUD), que foi impedida de participar da disputa como coalizão. No entanto, os dois lados não conseguiram chegar a um acordo para permitir que as eleições ocorram em igualdade de condições entre governistas e opositores. Um dos principais pontos de tensão entre eles era, justamente, a data da disputa. A MUD até aceitava antecipar as eleições, inicialmente marcadas para dezembro. No entanto, eles queriam o pleito em 10 de junho. Além disso, os opositores pediram a libertação de todos os presos políticos do país.