O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (26) que “todas as opções estão na mesa” para resolver a crise na Venezuela. Em entrevista cedida para jornalistas em meio à 73ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), Trump revelou que existem as opções “mais fortes e as mais brandas”.
“Eu só quero ver a Venezuela endireitada. Quero que as pessoas fiquem a salvo. Nós vamos cuidar da Venezuela”, disse o republicano. O chefe de Estado norte-americano não descartou um possível encontro bilateral em Nova Iorque com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
“Se ele estiver aqui [na ONU], se ele quiser se encontrar… isso não estava na minha cabeça, não era minha ideia, mas, se eu puder ajudar as pessoas, é para isso que estou aqui”, comentou o magnata. A Venezuela foi criticada no discurso de Trump em Nova York.
De acordo com o republicano, o país vive uma “tragédia humana”, e apontou que foi o socialismo o responsável por ter levado a população venezuelana à pobreza extrema.
Intervenção militar
Trump não descartou que uma intervenção militar contra Maduro poderia triunfar “muito rapidamente”.
“É um regime que francamente poderia ser derrotado muito rapidamente se os militares decidirem fazer isso”, comentou Trump, ao se reunir com o presidente da Colômbia, Iván Duque.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, denunciou as palavras de Trump e alertou que, se houver uma “intervenção” contra Maduro, o país se defenderá.
Enquanto isso, uma matéria do jornal “The New York Times” revelou contatos entre o governo norte-americano e militares golpistas da Venezuela. De acordo com a publicação, ao menos três grupos distintos das Forças Armadas do país sul-americano trabalham para dar um golpe no atual governo.
Em resposta, Maduro pediu aos militares do Exército venezuelano que tenham “disposição absoluta” para defender a pátria das ameaças do “império norte-americano”.
Nos últimos quatro anos, 2,3 milhões de venezuelanos – 7% da população – deixaram o país por conta da crise. Os principais destinos são Colômbia (820 mil), Equador (454 mil), Peru (400 mil) e Brasil (120 mil). No entanto, o regime de Maduro nega a existência de uma crise humanitária na Venezuela.