O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que seu país vai continuar fazendo parte do Mercado Comum do Sul (Mercosul), mesmo diante das ameaças da “tríplice aliança” formada por Brasil, Argentina e Paraguai. O mandatário declarou ainda que vai apresentar em breve informações sobre “as mentiras” que a “tríplice aliança” quer usar para expulsar Caracas do bloco.
“A Venezuela é Mercosul e vai continuar sendo Mercosul. Temos a Presidência”, disse, apesar de os chanceleres dos demais países terem tirado a liderança de Caracas. Oficialmente, os países acusam o governo de Maduro de não cumprir todos os requisitos de adesão ao bloco, mas, nos bastidores, o trio também demonstra descontentamento com a situação econômica e política da Venezuela.
Países não alinhados
A Venezuela assumiu no último final de semana a liderança do Movimento de Países Não-Alinhados (NAM, na sigla em inglês) durante cúpula realizada na ilha de Margarita. Na ocasião, Maduro voltou a dizer que o país sofre com uma ofensiva imperialista, que se estendeu por outros países da América Latina.
O bloco foi formado nos anos 1950 por países como Irã, Zimbábue, Cuba, Equador, Bolívia, El Salvador e Autoridade Palestina, que se diziam não alinhados com as potências mundiais em meio à Guerra Fria.