“Nossa delegação leva instruções precisas de minha parte para avançar nos acordos integrais para a defesa da economia contra as sanções imperialistas”, disse em pronunciamento para rádio e televisão direto do Palácio Miraflores.
De acordo com o mandatário, o líder do governo nas conversas, o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, vai tentar avançar nos acordos de proteção de direitos econômicos e sociais dos venezuelanos e dar garantias “plenas e totais” para as eleições presidenciais deste ano.
“Garantias para fazer as eleições de 2018 e para que a oposição não tenha desculpas para sair correndo, seguir pelo caminho de abstenção, da violência e da ‘guarimba’ [protestos que fecham avenidas]. Espero que avance porque somos pessoas de palavra e acredito no diálogo”, disse ainda o mandatário.
A fala, porém, contradiz as ameaças feitas por Maduro em dezembro, quando disse que a oposição seria impedida de disputar o pleito para o Executivo porque boicotou as eleições municipais. No entanto, ele acusou parte da oposição de ser responsável por “protestos violentos desde dezembro”, tentando minar o governo.
Para ele, o partido Primeiro Justiça, o opositor Henrique Caprilles e os irmãos Tomas e Juan Pablo Guanipa estão por trás das ações. Nas conversas, a oposição é liderada pelo deputado Julio Borges, um dos principais expoentes políticos do país. No entanto, desde que chegou para as conversas, ele não deu declarações públicas sobre o tema.
De acordo com os observadores internacionais, o diálogo está sendo baseado em cinco pontos principais: fim das sanções financeiras contra o país, a crise política entre Assembleia Nacional e a Constituinte, a libertação dos presos políticos, os corredores humanitários para comida e remédios e garantias de liberdade nas eleições presidenciais. Mergulhada em uma crise política, econômica e humanitária, a Venezuela sofre ainda com sanções internacionais – especialmente dos Estados Unidos.