Os chefes de Estado e de Governo do Grupo de Lima, formado por 14 países das Américas que se opõem politicamente à administração de Nicolás Maduro, além do primeiro ministro das Bahamas e do vice-presidente dos Estados Unidos, divulgaram uma declaração conjunta na noite de sábado (14), em Lima, ao final da Cúpula das Américas, em que manifestam preocupação com “o agravamento da crise política, econômica, social e humanitária” da Venezuela.
O grupo de Lima é composto por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.
No comunicado, os países fazem um chamamento “urgente” ao governo venezuelano para que as próximas eleições presidenciais, previstas para o dia 20 de maio, tenham as “garantias necessárias para um processo livre, justo, transparente e democrático, sem presos políticos, que inclua a participação de todos os atores políticos venezuelanos” e dizem que o resultado das eleições não terá legitimidade e credibilidade se essas condições não forem respeitadas.
Os chefes de Estado e de Governo também reforçaram o pedido já feito ao governo venezuelano para que permita a entrada de ajuda humanitária no país e convidam “organismos especializados, agências, fundos e programas do Sistema das Nações Unidas e da OEA” a iniciarem de “maneira imediata” um programa de assistência humanitária “para aliviar a situação de sofrimento e escassez sofrida pelo povo da Venezuela” em decorrência da crise de abastecimento no país, especialmente alimentos e remédios.
A declaração também encoraja membros da comunidade internacional “a apoiar os esforços e decisões dos países da região, a fim de contribuir para o restabelecimento da democracia na Venezuela”.
No texto, os países reafirmam seu apoio à Assembleia Nacional da Venezuela e dizem que “os atos jurídicos que conforme à sua Constituição requeiram autorização da mencionada assembleia somente serão reconhecidos quando esta os tiver aprovado”.