“A Mesa de Unidade quer esclarecer ao país que até o momento não há nenhum acordo com o Governo. Seguimos lutando para conseguir os direitos que todos os venezuelanos estão esperando”, escreveu o grupo em sua conta no Twitter nesta terça-feira (6). As informações são da Ansa.
Já nesta quarta-feira (7), o líder das negociações do bloco, Julio Borges, afirmou que apesar das “muitas reuniões” ainda nada foi finalizado porque “consideramos que o que está aí, nesse documento, não é digno do povo venezuelano”.
Segundo Borges, ainda hoje serão publicadas as “observações finais sobre o documento que nos deram” e que o grupo “não assinará nada que signifique negar os valores democráticos”.
As afirmações dos opositores vieram após o chefe da delegação governista, Jorge Rodríguez, afirmar que os dois lados tinham chegado a um acordo comum que seria assinado hoje.
No entanto, os opositores informaram que continuarão mantendo suas “quatro exigências” para firmar o pacto: eleições livres – já que a MUD não poderá participar como coalizão da disputa eleitoral -; a abertura de um canal humanitário para o transporte de alimentos e remédios; a restituição dos poderes da Assembleia Nacional, eleita com mais de dois terços de membros da oposição no fim de 2015; e a libertação de todos os presos políticos.
As eleições na Venezuela foram antecipadas, por ordem de Maduro e consequente execução da Assembleia Constituinte, para o fim de abril. Por padrão, ela deveria ocorrer apenas em dezembro desse ano.