Justiça da Venezuela confirma condenação do líder de oposição Leopoldo López

A Sala de Cassação do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ratificou, nessa quinta-feira (16), a condenação a quase 14 anos de prisão do líder da oposição venezuelana, Leopoldo López. A decisão foi  divulgada um dia depois de a esposa de López, Lilian Tintori, ter sido recebida na Casa Branca pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que pediu a libertação do opositor. A informação é da Agência France-Presse.

“Declarou-se inadmissível o recurso de cassação. É uma realidade e um ato de absoluta injustiça”, disse à AFP o advogado de defesa de López, Juan Carlos Gutiérrez, acrescentando que o caso fica encerrado na Venezuela e que, agora, resta recorrer a instâncias internacionais.

“Não só está sendo ratificada a condenação de um homem inocente, o que por si é grave, mas se destrói o pouco que resta de Estado de Direito na Venezuela. Não é um ato jurídico, mas político”, afirmou Gutiérrez.

A esposa de Leopoldo Lopez, Lilian Tintori, foi aos EUA pedir apoio da Casa Branca pelo fim do Governo Nicolás Maduro. Foto: Reprodução/Twitter-Lilian Tintori

O governo venezuelano qualificou a audiência concedida por Trump a Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López, como uma “intromissão e uma agressão” e a atribuiu, segundo a chanceler Delcy Rodríguez, a “lobbies” da oposição venezuelana “com a máfia de Miami”. “Enquanto o presidente Maduro propõe iniciar uma nova era de relações de respeito, Donald Trump se solidariza com o chefe de ações violentas”, reagiu Rodríguez.

“Já esgotamos todos os recursos que a legislação venezuelana contempla. Vamos recorrer às [instâncias de direitos humanos das] Nações Unidas. Em duas semanas, estaremos apresentando o documento”, disse Juan Carlos Gutiérrez. 

Leopoldo López é um dos líderes da oposição venezuelana. Foto: Reprodução/Twitter-Lilian Tintori

A prisão de Leopoldo López é a mais emblemática entre as centenas de opositores venezuelanos. Ele cumpre pena desde 2014, acusado de incitação à violência em protestos pela renúncia do presidente da Venezuela Nicolás Maduro. As manifestações começaram em fevereiro e se estenderam até junho daquele ano. Segundo o governo, ocorreram vários atos de vandalismo e a morte de 43 pessoas.

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