“Não só está sendo ratificada a condenação de um homem inocente, o que por si é grave, mas se destrói o pouco que resta de Estado de Direito na Venezuela. Não é um ato jurídico, mas político”, afirmou Gutiérrez.
O governo venezuelano qualificou a audiência concedida por Trump a Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López, como uma “intromissão e uma agressão” e a atribuiu, segundo a chanceler Delcy Rodríguez, a “lobbies” da oposição venezuelana “com a máfia de Miami”. “Enquanto o presidente Maduro propõe iniciar uma nova era de relações de respeito, Donald Trump se solidariza com o chefe de ações violentas”, reagiu Rodríguez.
“Já esgotamos todos os recursos que a legislação venezuelana contempla. Vamos recorrer às [instâncias de direitos humanos das] Nações Unidas. Em duas semanas, estaremos apresentando o documento”, disse Juan Carlos Gutiérrez.
A prisão de Leopoldo López é a mais emblemática entre as centenas de opositores venezuelanos. Ele cumpre pena desde 2014, acusado de incitação à violência em protestos pela renúncia do presidente da Venezuela Nicolás Maduro. As manifestações começaram em fevereiro e se estenderam até junho daquele ano. Segundo o governo, ocorreram vários atos de vandalismo e a morte de 43 pessoas.