Durante alguns debates Macron salientou alguns dos problemas de domínios franceses ultramarinos, como o problema da falta de especialistas na Guiana Francesa. Segundo ele, atualmente muito dinheiro é destinado à trazer os doentes da Guiana para vieram a França receber tratamento, por isso pretende fazer a implementação de especialistas na colônia.
Um estudo da Agência Regional de Saúde na Guiana Francesa prevê que, devido a problemas estruturais, entre 2005 e 2007, 58% das mortes na Guiana Francesa se evitariam na França. O número de leitos hospitalares por habitante é quase duas vezes inferior ao da França, e muitíssimas especialidades médicas não se encontram no território.
Segundo publicação feita por Adrien Guilleau, membro do Movimento pela Descolonização e a Emancipação Social (MDES), uma das situações mais alarmantes na Guiana é a falta de estrutural. “Desde o ponto de vista da saúde, a situação é catastrófica: a expectativa de vida ao nascer é três anos a menos que na França”, afirma.
Acordo com a França
O primeiro Ministro do Interior da França e o representante das colônias ultramarinas, Jean-François Cordet, chegaram a um acordo no final de abril sobre as questões envolvendo a falta de investimentos na região. As discussões realizadas foram concluídas com doze acordos temáticos sobre questões-chave como segurança e justiça, economia, pesca, transportes, construção civil, obras públicas, turismo, mineração, desenvolvimento agrícola, energia, situação das comunidades ameríndias e Bushinengue, Educação para a segurança rodoviária.
O Ministro do Interior e o Ministro da Ultramar França também apresentaram um plano de emergência para a Guiana Francesa, incluindo 25 medidas estratégicas com um custo estimado em 1.086 milhões de euros. Em particular, o plano prevê a nomeação de um coordenador das forças de segurança. Para garantir que todos os cidadãos guianenses recebam a mesma qualidade de cuidados que os seus concidadãos residentes na França, 85 milhões de euros serão imediatamente atribuídos aos hospitais em Cayenne e no oeste da Guiana Francesa.
No que respeita à educação, a partir deste ano o Estado propõe apoiar a coletividade territorial da Guiana Francesa na construção de escolas e colégios, contribuindo com 50 milhões de euros por ano durante cinco anos e aumentando o financiamento para os municípios de 10 a 15 milhões de euros por ano para Construir escolas. O número de falantes de língua materna nas escolas será duplicado a partir do início do ano letivo de 2017.