Ativistas do Greenpeace realizaram, nesta segunda-feira (27), uma série de protestos contra a exploração petrolífera nos Corais da Amazônia.
Logo cedo pela manhã, mais de 40 ativistas de sete países escalaram uma chamine e uma grande coluna de flare na maior refinaria da empresa petrolífera Total, no porto da Antuérpia na Bélgica, o coração das suas operações na Bélgica. A empresa é uma das que pretende perfurar a região em busca de petróleo, ao lado da britânica BP. Os manifestantes desdobraram um banner com a mensagem: “Total, não destrua o recife”. Já em um dos tanques de combustível da companhia, os ativistas-escaladores colocaram uma grande imagem dos Corais da Amazônia.
Ao deixar a delegacia, depois de ter sido detida por duas horas, a diretora executiva do Greenpeace Internacional, Bunny McDiarmid, comentou que a demonstração não-violenta pacífica é a única maneira de conectar publicamente a maior refinaria da Total, na Antuérpia, ao recife de corais, na costa da Amazônia, sob ameaça do projeto de exploração da Total. “Não é mais a distância de um mundo. Protesto não violento deve ser a norma para conter a implacável indústria de combustíveis fósseis, determinada a destruir o nosso planeta em prol do lucro. O movimento contra os combustíveis fósseis está crescendo em todo o mundo, se acostumem a ele”, afirmou.Sede da Total tingida de pretoSimultaneamente à ação na Bélgica, os ativistas também fizeram uma ação na sede da empresa, em Paris. Eles derramaram oleo falso na frente do prédio e exibiram mensagens em defesa dos Corais da Amazônia.
Sobre os coraisNo início de 2017, o navio Esperanza do Greenpeace realizou uma expedição a 100 quilômetros da costa norte do Brasil para registrar as primeiras imagens dos Corais da Amazônia. À bordo estava a equipe de cientistas brasileiros que confirmou a existência do recife em 2010. De acordo com o Greenpeace, foi possível observar um bioma único, composto por diferentes espécies de corais, esponjas e rodolitos, lar de um número imensurável de animais marinhos – e três possíveis novas espécies de peixes.Uma petição disponível no site da organização colhe assinaturas contra a exploração petrolífera na foz do Amazonas. Mais de 860 mil pessoas já assinaram o documento.