“Tomei a decisão de prorrogar o cessar-fogo bilateral até 31 de dezembro. Que fique claro: isto não é um ultimato ou um prazo irrevogável, mas espero que todos esse processo para ter um novo acordo termine antes”, explicou o presidente colombiano. “Outras vidas, de soldados e de guerrilheiros, estão em jogo”, ressaltou Santos, que foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz deste ano por sua tentativa de chegar a um acordo com as Farc e colocar fim a um conflito de meio século no país.
As negociações de paz com as Farc foram iniciadas há 4 anos pelo governo colombiano e ocorreram em Cuba. As duas partes chegaram a um consenso, mas Santos quis submeter o acordo à avaliação popular para ter legitimidade. Nas urnas, por uma estreita margem de votos, o “não” venceu. O ex-presidente Álvaro Uribe, que é contrário ao acordo, fez uma forte oposição para que o texto não fosse aprovado em referendo.
Agora, Santos tenta convencer os opositores a aceitarem o acordo e seguir adiante. O cessar-fogo vigorará até 31 de dezembro de 2016, mas o presidente espera que o acordo de paz entre em vigor antes.