Membro da nação aymara, nascido sob o nome de Julián Apasa Nina, o líder das rebeliões indígenas da Bolívia contra o Império Espanhol assumiu o nome de Tupac Katari para homenagear dois líderes rebeldes do povo andino: Tupac Amaru II e Tomás Katari.
Em 1781, Tupac Katari liderou uma revolta indígena contra os espanhóis. Dirigindo um exército de cerca de 40 mil pessoas, ele cercou La Paz por vários meses antes de ser derrotado pelos espanhóis e condenado à morte por esquartejamento. Fazendo um paralelo entre Fidel e o líder indígena, Morales disse que Castro deixou um legado de luta anti-imperialista e que suas ideias anticapitalistas ecoariam ao longo do tempo.
O presidente boliviano e Castro mantiveram uma estreita amizade, que remonta a antes de Morales entrar para o governo, quando ainda era um sindicalista. Evo Morales visitava Cuba frequentemente e se encontrou com Castro diversas vezes para pedir seus conselhos.
O líder boliviano também atacou em seu pronunciamento o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que divulgou uma declaração condenando o líder cubano. “Não consigo entender o cinismo de celebrar a morte de Fidel. Esta é a cultura do capitalismo”, disse Morales.