Segundo o ELN, o postulante apoiado por Álvaro Uribe não está interessado nas negociações de paz, que acontecem em Cuba. “Duque desconhece a agenda de conversas pactada com o governo, o que significa que não está interessado na participação da sociedade na construção da paz”, disse Pablo Beltrán, negociador-chefe do grupo, por meio de uma nota.
A guerrilha anunciou uma trégua de cinco dias para o segundo turno das eleições, que tem como candidatos Duque e o esquerdista Gustavo Petro. Beltrán havia convidado o conservador para viajar a Havana e se inteirar das negociações.
Por sua vez, Petro cobrou do ELN um “sinal claro de que quer a desmobilização, o desarmamento e a reinserção”. “Para isso, o melhor seria uma concentração prévia, com supervisão internacional”, declarou o candidato, exigindo também a suspensão de “todas as atividades criminais”.
Após a dissolução das Farc, rebatizadas como “Força Alternativa Revolucionária do Comum”, o ELN tornou-se o maior grupo guerrilheiro do país, contabilizando aproximadamente 1,5 mil combatentes.