O atual presidente, Evo Morales, concorre ao quarto mandato consecutivo, com uma candidatura à reeleição questionada pela oposição.
Em fevereiro de 2016, Morales perdeu nas urnas um referendo sobre a possibilidade de reeleição. Os bolivianos votaram pelo “não”, com 51,3% dos votos. No entanto, uma decisão do Tribunal Constitucional, em 2017, habilitou Morales a seguir concorrendo à reeleição indefinidamente, alegando que é um direito humano o de “eleger e ser eleito”.
A oposição afirma que Morales está desrespeitando o voto dos cidadãos no referendo.
Na disputa pela presidência, há dois candidatos em polos opostos na Bolívia. De um lado está Morales, do partido Movimento ao Socialismo, há 13 anos no poder. De outro lado está o ex-presidente Carlos Mesa, do partido Comunidad Ciudadana.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Ipsos aponta para uma vitória em primeiro turno de Morales, com cerca de 40% dos votos, contra 22% dos votos para Mesa.
Outra sondagem, realizada pela Universidad Mayor de San Andrés, prevê um primeiro turno mais apertado entre os candidatos, com 32% para Evo e 27% para Mesa. Neste caso, a votação iria para o segundo turno.
A Bolívia nunca teve eleições em segundo turno. Os indecisos são cerca de 8% dos votantes.
E desde ontem (17), os candidatos devem obedecer ao silêncio eleitoral e não podem mais fazer atos de campanha.
