Mais de 20 milhões de venezuelanos foram convocados às urnas para eleger 2.459 vereadores e seus respectivos suplentes para o período de 2019 a 2022, mas apenas 27,4% dos eleitores participaram, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Segundo a presidente do órgão, Tibisay Lucena, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) conquistou mais de 90% das cadeiras em jogo. A eleição foi realizada em meio a uma grave crise econômica, social e política no país e com os principais partidos de oposição banidos pelo chavismo.
Ainda assim, o presidente Nicolás Maduro celebrou a “festa eleitoral” e afirmou que a Venezuela deveria entrar para o “Guinness Book”, o livro dos recordes, em termos de liberdades políticas. Além disso, acusou os Estados Unidos de tramarem uma “conspiração”.
“Hoje está em curso e a coordenam diretamente da Casa Branca uma tentativa de perturbar a vida democrática da Venezuela e dar um golpe de Estado contra o regime constitucional e democrático do país”, declarou Maduro.
Já as legendas de oposição, como o Justiça Primeiro, do ex-presidenciável Henrique Capriles, e o Vontade Popular, de Leopoldo López, que está em prisão domiciliar, afirmaram que “ninguém saiu para validar uma farsa eleitoral que tem como único propósito lavar a cara da ditadura”.
Essas legendas foram inabilitadas pela Justiça Eleitoral por não terem participado das últimas eleições, alegando “falta de garantias”. A oposição controlava cerca de 80 assembleias legislativas no país.