Os legisladores, de partidos que integram a aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD), chegaram à defensoria no início da manhã, depois que milhares de pessoas tentaram chegar no mesmo local ontem (6) e foram dispersadas pela polícia com jatos d’água e gás lacrimogêneo.
O chefe da bancada opositora que controla a Assembleia Nacional, Stalin González, liderou o protesto. Os deputados exibiram na fachada da defensoria uma fita com a frase “Não passe”, com o objetivo de fazer um “fechamento simbólico” do lugar.
Os opositores exigem que Saab aprove um processo iniciado esta semana na Câmara, com o qual pretendem remover os sete juízes da Sala Constitucional do TSJ que assinaram, na semana passada, duas sentenças, já anuladas, que retiravam as atribuições do Legislativo e limitavam a imunidade parlamentar.
No entanto, Saab disse ontem que o Poder Cidadão “declarou a improcedência” do processo contra os juízes por considerar que é “desnecessário emitir pronunciamento”, pois as decisões do TSJ já tinham sido “esclarecidas de ofício”. Por isso, González disse hoje que Saab não defende o povo, mas o governo de Maduro e o TSJ.
A Constituição venezuelana estabelece que, para que o Parlamento possa iniciar o processo de destituição dos magistrados do TSJ, o Poder Cidadão deve considerar previamente que os juízes cometeram falta grave.
O Poder Cidadão é uma instituição integrada pelo Ministério Público, pela Controladoria e pela Defensoria Pública.