Em vídeo, gravado em Havana, capital de Cuba, e divulgado no domingo (11), um dos comandantes do grupo paramilitar, Ivan Márquez, disse que o grupo quer “reconhecer, com o sentimento de humanidade e reconciliação, que, durante o conflito, causamos grande sofrimento com o sequestro de pessoas em troca de resgate”. O rebelde ainda destacou que o grupo não voltará a cometer ações semelhantes.
O grupo guerrilheiro usou como tática, especialmente a partir da década de 1980, o sequestro como forma de financiar suas atividades. Calcula-se que mais de 27 mil pessoas tenham sido alvo de sequestro no país até 2010, sendo que cerca de 90% delas foram vítimas das Farc.
No último dia 25, as autoridades de Bogotá e os guerrilheiros concluíram as negociações de paz, após mais de três anos de negociações. O acordo será assinado no próximo dia 26 e um plebiscito para a aprovação do documento foi convocado pelo Congresso para o dia 2 de outubro. Desde que as Farc foram criadas, no começo dos anos 1960, estima-se que o conflito com Bogotá tenha deixado mais de 220 mil mortos, quase 50 mil desaparecidos e 6,6 milhões de deslocados.