Colômbia se prepara para firmar acordo de paz histórico com as Farc

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, luta pela aprovação do acordo. Foto: Juan Pablo Bello/SIG 

A Colômbia se prepara para por fim aos 52 anos de guerra entre o grupo Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo nesta segunda-feira (26). A cerimônia que se iniciará às 17h (19h no horário de Brasília) e que reunirá mais de 2,5 mil convidados em Cartagena das Índias, entre os quais dezenas de líderes mundiais, deve durar cerca de 90 minutos.”Será uma cerimônia simples porque isso não é um show, mas a assinatura de um acordo de paz”, informou o governo de Juan Manuel Santos.

No protocolo, estão previstos discursos de Santos e do líder das Farc, Rodrigo Timochenko, e do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Também para hoje está prevista uma missa da paz presidida pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin. O papa Francisco é considerado uma das peças-chave da negociação do acordo de paz e, certamente, será lembrado nos discursos oficiais.


Farc ratificaram a adesão ao acordo de paz neste sábado (24). Foto: Divulgação/Farc EP

A ministra de Comércio, Indústria e Turismo, María Claudia Lacouture, informou que a cerimônia é um “evento que busca mostrar um sentimento geral de todos os colombianos sobre o processo que estamos entregando, que é de fechar as portas da guerra e abrir aquelas da paz”.

A paz na Colômbia chega após mais de três anos de negociações entre representantes do governo e rebeldes em Havana, capital de Cuba. O acordo põe fim ao último conflito armado da América Latina e aquele que é considerado o mais longo da história latina.

Após a assinatura, o povo colombiano irá às urnas no dia 2 de outubro para aprovar ou não o documento assinado entre governo e Farc. Pesquisas de opinião apontam que a maioria dos colombianos é favorável ao pacto de paz.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

IBGE divulga que Brasil tem mais de 8,5 mil localidades indígenas

Pesquisa indica que entre 2010 e 2022 a população indígena cresceu 88,9% e aponta desafios em temas como saneamento, coleta de lixo e educação.

Leia também

Publicidade