A medida é uma retaliação a uma decisão idêntica tomada pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC) contra o embaixador brasileiro em Caracas, Ruy Pereira. Maldonado é a principal autoridade diplomática venezuelana no Brasil, já que o cargo de embaixador está vago desde o impeachment de Dilma Rousseff.
Assim como no caso da ANC, tornar alguém “persona non grata” significa, na prática, a expulsão do território nacional. Pereira estava de férias no Brasil e não poderá voltar à Venezuela. Já Maldonado terá de deixar Brasília e retornar a seu país.
O embaixador brasileiro foi declarado “persona non grata” no último sábado (23), em uma decisão motivada pela crise que culminou na queda de Dilma – para o regime de Nicolás Maduro, o impeachment foi um “golpe”.
Por outro lado, o governo de Michel Temer vem, constantemente, denunciando violações constitucionais e dos direitos humanos por parte de Caracas, além de não reconhecer a legitimidade da ANC, convocada por Maduro para suplantar os poderes do Parlamento, dominado pela oposição.
Após o anúncio da Constituinte sobre Pereira, o Itamaraty já dissera que tomaria as “medidas de reciprocidade correspondentes”.