O diplomata explicou que, após o acidente, conversou com especialistas do Brasil. Eles disseram que seria impossível identificar as 71 pessoas que morreram na tragédia, entre jogadores, técnicos, dirigentes, jornalistas e a tripulação, de forma tão rápida como foi feito pelo órgão colombiano.
“Com pouco mais de três dias, 70 vítimas estavam identificadas e liberadas para serem levadas ao Brasil. Isso com uma qualidade de serviço que não tem precedentes”, afirmou.
Gratidão
“O ato de hoje é um reconhecimento por esse trabalho, um agradecimento pelo que foi feito naqueles dias em Medellín e é um símbolo da aproximação entre as duas nações, e do que poderemos fazer no futuro juntos”, completou Bitelli.
Por sua vez, o diretor do Instituto de Medicina Legal, Carlos Eduardo Valdés, disse que a homenagem é um dos momentos mais emocionantes vividos pela instituição, que tem 103 anos. “O instituto não está acostumado que lhe agradeçam por tudo o que faz no dia dia, todos os esforços de funcionários e funcionárias. A generosidade do povo do Brasil não tem limites”, disse Valdés.
No discurso, Valdés agradeceu pelo trabalho da Polícia, da Aeronáutica Civil (Aerocivil), Promotoria, Prefeitura de Medellín e do governo de Antioquia, entre outros órgãos, que colaboraram nas horas depois do acidente de novembro do ano passado.
A Ordem de Rio Branco também foi concedida ao prefeito de Medellín, Federico Gutiérrez Zuluaga, e a outros quatro funcionários da cidade em uma homenagem à Colômbia que ocorreu em dezembro do ano passado, em Brasília.
Também receberam a condecoração a apresentadora da Caracol TV, Mónica Jaramilo, e Johan Alexis Ramírez Castro, de 15 anos, que ajudou a guiar os socorristas ao local do acidente.