O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) participou nesta semana, a convite dos Serviços de Defesa Animal e Vegetal da Bolívia e do Peru, de um encontro para discutir o fortalecimento de ações integradas na fronteira entre os três países.
A reunião foi realizada na cidade peruana de Inãpari, fronteira com o município de Assis Brasil, região do Alto Acre. A intenção das instituições é reforçar a fiscalização na fronteira, promover atividades conjuntas, trocar informações e intensificar os serviços que realizados pelas defesas sanitárias de ambos os países.
Os problemas são comuns e alguns requerem mais atenção. Um dos principais é a entrada de animais de forma ilegal pela fronteira. O objetivo é garantir que nenhum animal ou produto contrabandeado migre de um país a outro e coloque em risco a saúde da população.
“Depois dessa reunião saímos ainda mais conscientes da necessidade de trabalharmos em conjunto, com ações que garantam que a população consuma produtos de origem animal ou vegetal, com qualidade”, explica Adrian Gomes, do serviço de defesa da Bolívia.
Do lado brasileiro, as principais preocupações dizem respeito à influenza aviária, conhecida também como gripe aviária, que é uma doença altamente contagiosa. Não há registro no Brasil, mas já foram notificados casos no Peru. Outra ação que deve ser intensificada é o combate ao comércio ilegal de pescado.
“Nosso objetivo é garantir a saúde das pessoas. Vamos intensificar as fiscalizações conjuntas e programar novas ações integradas. A população pode ficar tranquila que vamos, com o fortalecimento dessa parceria, impedir a entrada ilegal de qualquer produto”, afirma Ronaldo Queiroz, diretor-presidente do Idaf.
Ações
Outro trabalho conjunto entre os três países se refere à sanidade vegetal. Um próximo encontro se dará nas próximas semanas, para definir um plano de ação para o setor.
O objetivo é fiscalizar com mais rigor o transporte e o uso de produtos agrotóxicos e impedir a entrada de plantas com doenças que possam prejudicar a agricultura.
“Do Brasil compramos muito milho, arroz, pescado, açúcar e castanha. O que precisamos é garantir que só passem pela fronteira produtos que sejam legais e não prejudiquem a saúde”, afirma Léon Flores Yoni, do serviço de defesa do Peru.