Bens avaliados em US$ 98,2 milhões, pertencentes à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), foram congelados pela Justiça da Colômbia nesta quinta-feira (23). A medida faz parte do processo de paz assinado com o governo em novembro de 2016. As informações são do Estadão.
Segundo o procurador Néstor Humberto Martínez, durante coletiva de imprensa, esse resultado foi produto de um trabalho conjunto com o Exército, a polícia e autoridades administrativas, que durou “vários meses” e “conseguiu identificar igualmente bens produtos de atividades ilícitas como o narcotráfico”, desenvolvidas por alguns membros da guerrilha dissidentes de frentes como 7, 10, 40 e o “Acacio Medina”.
As operações foram realizadas em quatro departamentos (Estados), entre eles Vichada, no leste do país, onde foram identificados “6 imóveis e 4 sociedades avaliadas em 6 bilhões de pesos” (em torno de US$ 2 milhões), que se dedicavam à mineração ilegal.
Martínez também disse que no sul do Departamento de Bolívar foram identificados “260 mil hectares de prédios rurais que foram aproveitados historicamente pela frente 24 (das Farc)” para a exploração de cultivos ilícitos, terras que têm um valor de “cerca de 260 bilhões de pesos” (US$ 90 milhões).
Além disso, no centro do país, no Departamento de Meta, as autoridades encontraram 11 prédios avaliados em aproximadamente “4 bilhões de pesos” (US$ 1,4 milhão), nos municípios de La Uribe e Mesetas, zonas próximas à concentração das Farc para iniciar seu processo de desarmamento e retorno à vida civil.