Projeto vai avaliar método para descontaminação de castanha-da-amazônia

A castanha-da-amazônia é a principal fonte de renda para as famílias que sobrevivem do extrativismo no Estado do Acre.

Um projeto de pesquisa que busca criar novo método para descontaminar a castanha-da-amazônia – também conhecida como castanha-do-brasil e castanha-do-pará -, de fungos produtores de aflatoxinas, substância de efeito cancerígeno, foi contemplado com recursos no montante de R$ 538 mil. O investimento é proveniente da Lei de Informática da Amazônia. 

O Aflafree, como é conhecido o projeto, irá testar e validar a utilização da tecnologia UV-C modulada para descontaminar a castanha-da-amazônia. A radiação UV-C é usada para desinfecção e ação germicida, elimina quase todos os tipos de microrganismos como vírus, bactérias e alérgenos. 
Foto: Reprodução/Observatório da Castanha

Esse tipo de luz atua para quebrar as moléculas de DNA dos organismos vivos, contribuindo com sua eliminação. O problema da contaminação com aflotoxina começa ainda na floresta, em decorrência de práticas inadequadas de manejo.

Cleísa Brasil, pesquisadora da Embrapa Acre e líder do projeto, destaca que a castanha-da-amazônia é a principal fonte de renda para as famílias que sobrevivem do extrativismo no estado. Entre as limitações comerciais do produto está a contaminação por aflatoxinas. 

“A castanha é o produto mais importante da bioeconomia do Acre. Aumentar sua participação no mercado internacional significa benefícios em toda a cadeia, desde a indústria extrativista até a comercialização dos produtos. Este é um exemplo de sinergia entre o setor produtivo e a pesquisa, apoiada pela Suframa”,

afirma.

Fortalecimento de parcerias

Bruno Pena, chefe-geral da Embrapa Acre, enfatizou o potencial dessas pesquisas e destacou o interesse da Suframa em estabelecer parcerias com empresas que desejam investir em projetos de alto impacto. “Avançamos para o treinamento de algoritmos de inteligência artificial, para tornar essas ferramentas especialistas na realização de inventários florestais totalmente automatizados. Os algoritmos são capazes de identificar e localizar espécies florestais, por sensoriamento remoto, e estimar tanto o volume de madeira como os recursos florestais não madeireiros, podendo ser utilizado para cálculos de crédito de carbono”, explicou.

“Pesquisas inovadoras desenvolvidas por entidades sérias como a Embrapa devem ser uma opção conhecida para organizações interessadas em investir em projetos com potencial de impacto positivo”, ressaltou Bosco Saraiva, superintendente da Suframa.

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